Esse blog é para todos aqueles que sentem sua responsabilidade na causa do Senhor, para aqueles que honesta e verdadeiramente levam a sério as coisas do nosso Deus. É um apelo a todos que desejam ser cooperadores de Deus, que procuram servir ao Senhor Jesus de acordo com Seus mandamentos e não de acordo com suas preferências.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Jesus, O Único Deus?

“...tu, um mero homem, diz ser Deus.”

- os inimigos de Jesus, em João 10:33

 

Jesus Cristo.

O nome Jesus é derivado do nome Joshua, do Velho Testamento, que significa “O Senhor Deus é Salvação”. O título Cristo significa que ele é ungido por Deus, para ser o Messias que liberta o povo de Deus. Como diz o anjo que apareceu a Maria: “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.” (Mateus 1:21)

Ninguém é mais amado e odiado do que Jesus Cristo.

Ele é a pessoa mais famosa de toda a história humana. Mais músicas têm sido cantadas sobre Ele, obras de arte pintadas dEle, e livros escritos sobre Ele do que qualquer pessoa que já viveu. Também, bilhões de pessoas de todas as nações da terra o adoram como Deus. Até mesmo descrentes são constantemente lembrados da Sua influência, uma vez que medimos o tempo ao redor de Sua vida: nosso calendário é dividido pelos anos antes e depois de seu nascimento (AC e DC). Nenhum exército, nação, ou pessoa tem mudado a história e cultura humana como Jesus.

Como Paulo prometeu em 2 Coríntios 11:3-4, as opiniões sobre Jesus são numerosas entre os cults, na cultura pop, e nas diversas religiões mundiais:

· “Cristãos” liberais dizem que Ele era meramente um bom homem, não Deus.

· Testemunhas de Jeová dizem que Jesus era meramente um arcanjo, um ser criado que se tornou um homem.

· O Mormonismo ensina que Jesus não era Deus mas apenas um homem que se tornou um dentre vários deuses; e que ele era o meio-irmão de Lúcifer.

· O Universalismo Unitário ensina que Jesus não era Deus, mas sim um grande homem de ensinamentos, amor, justiça e curas.

· Bahá’is dizem que Jesus era uma manifestação de Deus e um profeta, mas inferior a Muhammad ou Bahá'u'lláh.

· O Budismo ensina que Jesus não era Deus mas um ser iluminado, como Buda.

· O Islã ensina que Jesus é um mero homem e um profeta inferior a Maomé.

· O Hindu Mahatma Gandhi diz, “Eu não posso dizer que Jesus é unicamente divino. Ele era tão Deus quanto Krishna, ou Rama, ou Maomé, ou Zoroastro.”

· A fundadora da “Ciência Cristã”, Mary Baker Eddy simplesmente declara: “Jesus não é Deus.”

- Além disso, diversas mensagens de Natal que recebi destacam Jesus como o “Melhor Homem Que Já Viveu”. alguém para ser imitado, alguém a quem devemos desejar se igualar.

Com tão variadas e contraditórias opiniões sobre Jesus, é importante que saibamos não somente o que é dito sobre Jesus, mas o que Ele disse sobre si mesmo. Vamos examinar onze espantosas reivindicações que Jesus fez, mostrando que Ele é o único Deus:

 

  1. Jesus disse que desceu dos céus. Isso é um tanto diferente de qualquer religião onde um profeta diz ter subido ao céu e visto Deus, ou de alguma experiência de “quase-morte” onde alguém diz que teve um vislumbre dos céus. Jesus sempre esteve nos céus, e veio à Terra como salvação para os homens, e diz:

· “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”...

· Com isso, os judeus começaram a murmurar sobre ele, porque havia dito: Eu sou o pão que desceu do céu...

· Eles disseram: “Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como ele pode dizer agora: Desci do céu?”...

· Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?”... Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele. ” (João 6:38-66)

  1. Jesus disse que Ele era mais do que um homem bom. Ao afirmar que só Deus é bom, Ele rejeita a bifurcação entre “bom” e “Deus”. Se queremos considerar Jesus bom, devemos considerá-lo Deus.

· “E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus.” (Marcos 10:17,18)

  1. Jesus disse que Ele era o “Filho do Homem”. Esse título escandalizou muito os judeus, pois remete a uma profecia de Daniel referindo-se a Deus:
    • Profecia de Daniel falando do Filho do Homem: “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído.” (Daniel 7:13-14) Esta profecia de Daniel levou o povo de Israel aguardar a vinda de Deus como um Filho de Homem (em forma humana) que seria servido por todos povos, nações e línguas. E Jesus se intitula Filho do Homem (Deus em forma humana) cerca de 80 vezes na Bíblia.
    • “Porque ensinava os seus discípulos, e lhes dizia: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, e matá-lo-ão; e, morto ele, ressuscitará ao terceiro dia.” (Marcos 9:31)
  1. Jesus fez milagres.
    • “Por que então vocês me acusam de blasfêmia, porque disse: Sou Filho de Deus? Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis. Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nos milagres obras; para que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim e eu nele. Procuravam, pois, prendê-lo outra vez, mas ele escapou-se de suas mãos.” (João 10:36-39)
  1. Jesus disse que Ele é Deus. É importante lembrar que Ele não foi morto por contar e ensinar lindas parábolas, ou por curar e ajudar pessoas pobres, mas por dizer ser Deus. Ele foi levado a julgamento, e deram-lhe a chance de se retratar e de dizer “Desculpe, mal entendido!” Mas ele continuou dizendo “Eu Sou!” De forma que chegaram a dizer “Para que precisamos de mais testemunhas? Assunto encerrado! Ele fica dizendo que é Deus. Vai morrer!”

O Termo “Eu Sou”, utilizado por Jesus, remete ao Velho Testamento, em que Moisés pergunta a Deus como Ele se chama, e ouviu a resposta “Eu Sou”. Quando Jesus disse isso, os judeus entenderam muito bem o que Ele queria dizer, e tentaram matá-lo a pedradas.

    • Mas ele calou-se, e nada respondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar, e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito? E Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu. E o sumo sacerdote, rasgando as suas vestes, disse: Para que necessitamos de mais testemunhas? Vós ouvistes a blasfêmia; que vos parece? E todos o consideraram culpado de morte. (Marcos 14:61-64)
    • “E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.” (Êxodo 3:14)
    • “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou.” (João 8:58,59)
  1. Jesus disse que Ele não tem pecado. E, o mais espantoso disso é que ninguém, dos seus irmãos e irmãs, sua mãe e todos os que ouviam, ninguém pôde mencionar nenhum pecado que ele tivesse cometido! Se EU dissesse isso, o número de pessoas que viriam à frente seria o suficiente para começar um pequeno país!
    • Quem dentre vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes? (João 8:46)
  1. Jesus perdoou pecados. Mais impressionante do que alguém dizer que não tem pecado, é ele perdoar pecados!!! No Salmo 51 diz: “Contra ti, contra ti somente pequei.” Querendo dizer que, no fim, todos os pecados que cometemos são contra Deus, e que só Ele pode nos perdoar.

    • “E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados. E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seus corações, dizendo: Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?” (Marcos 2:5-7)
  1. Jesus ensinou as pessoas a orarem a Ele como Deus. Só Deus é eterno, de forma que as pessoas do passado e do futuro possam orar a Ele e serem respondidos. Só Deus é onipotente e onisciente, para ouvir as orações de todos e respondê-las.

    • “E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.” (João 14:13,14)
  1. Jesus prometeu julgar todas as pessoas como Deus.
    • “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou. Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” (João 5:22-24)
  1. Jesus disse que Ele é o único caminho para o céu. Muitas pessoas dizem “Jesus é legal, mas os cristãos são estreitos, radicais demais.” JESUS é Estreito. E por isso somos estreitos. Ele sempre foi exclusivo e único. E “estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.” (Mateus 7:14)

    • “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (João 14:6)
    • Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.” (João 3:36)
  1. Jesus disse ter autoridade e supremacia sobre todos os povos, partidos políticos, raças, gêneros, nações, religiões, culturas, credos, e orientações sexuais.
    • “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Todo o poder me foi dado no céu e na terra.” (Mateus 28:18)

 

Como devemos, então, responder à incrível pessoa, obra e reivindicações de Jesus? A resposta apropriada a Jesus é se converter dos pecados para adorar somente a Ele como Deus. De acordo com os primeiros dois mandamentos, há somente Um Deus, e só Deus deve ser adorado (Êxodo 20:1-6). O único Deus a ser adorado é Jesus!

Nas Escrituras, vemos Jesus ser adorado como o único Deus pelo homem cego (João 9:38); pelo homem libertado de demônios (Marcos 5:6); por Tomé, que disse “Meu Senhor, e meu DEUS!” (João 20:28); por seu melhor amigo João (Isaías 6:1-5; João 12:41; Apocalipse 1:17,18); por todos os seus discípulos (Mateus 14:33 e 28:17); por um grupo de mulheres (Mateus 28:8,9); a mãe de Tiago e João (Mateus 20:20); anjos (Hebreus 1:6); igrejas inteiras (1 Coríntios 1:2); Sua própria mãe (Atos 1:14); Seus próprios irmãos (Tiago e Judas, não o Iscariotes), crianças (Salmo 8:3 e Mateus 21:14-16), e seus arquiinimigos e assassinos: sacerdotes, escribas e fariseus, como Paulo (Romanos 9:5; Colossenses 1:15 e 2:9 e Tito 2:13).

Um abraço a tod@s.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

DEVEMOS GUARDAR O SÁBADO OU NÃO ?

O cenário era incrivel e aterrador, Ex 19.16.

A montanha estava envolvida em uma camada de fumaça produzida por um fogo devastador.

O chão tremia e uma voz de trombeta, mais alta que qual quer outra ouvida anteriormente, abafava o som do trovão retumbante enquanto os raios entremeavam os pronunciamentos do Deus Todo Poderoso. 

O homem, Moisés, tomou seu caminho ao cume da montanha acima e desapareceu no inferno.

Sem dúvida, ele também estava com muito medo e assustado.

Seria natural se seus joelhos tremessem e que seu coração batesse forte dentro do peito conforme ele observava o dedo de Deus aparecer e inscrever Seus mandamentos em duas tábuas de pedra.

DEUS MOSTRA QUE SEUS MANDAMENTOS NÃO PODIAM SER VIOLADOS

O Altíssimo estava mostrando claramente que seus mandamentos não podiam ser violados.

Esta terrível demonstração do poder de Deus pretendia produzir naqueles que a observavam um temor santo e solene que os faria obedecê-Lo.

Tal é a origem do que conhecemos como “Os Dez mandamentos”. Entretanto, é evidente que hoje eles não são tidos em tão alta consideração como foi no tempo em que foram falados pela primeira vez.

CRISTO JESUS NÃO VEIO ABOLIR OS MANDAMENTOS

Afinal, muitos cristãos parecem acreditar que O Senhor Jesus veio para abolir tais decretos ameaçadores e substituí-los por admoestações muito mais agradáveis e fáceis de cumprir.

De fato, é freqüente entre os cristãos modernos (se não ensinado abertamente) que os mandamentos de Deus ao Seu povo devem ser olhados como “pequenas sugestões” em vez de qualquer tipo de ordenanças severas.

Além disso, continua a suposição, as conseqüências da falha e da penalidade por quebrar qualquer das leis de Deus foram inteiramente removidas através de Jesus e assim, se nos moldamos ou não ao Seu padrão, não é realmente muito importante.

A INDIFERENÇA AOS MANDAMENTOS NO CRISTIANISMO MODERNO.

O apoio a esta presente indiferença da moderna cristandade para com as instruções de Deus e a evidente falta de temor a Deus é um engano básico referente ao Evangelho.

O que O Senhor Jesus veio fazer por nós e como Ele está cumprindo Seus objetivos não é bem compreendido por muitos crentes.

A noção de “conseqüências” de qualquer tipo referente ao comportamento dos cristãos reduziu-se a um conto de fadas sobre ser grande ou pequena a mansão que receberemos ou quão luxuoso será o carro que dirigiremos quando nosso Senhor voltar com Sua recompensa.

EVANGELHO SUPERFICIAL.

Tal espécie de evangelho superficial tem produzido adeptos igualmente superficiais.

Uma falta de revelação concernente à Pessoa e aos propósitos do Deus vivo resultou em uma mensagem que tem muito pouco poder de transformar as vidas dos ouvintes.

UM POVO SEM TEMOR.

O “temor do Senhor” que deveria formar uma espécie de alicerce nas vidas dos crentes, tem sido tirado e substituído por um modo fácil e amplo que não tem lugar em nenhuma compreensão genuína do evangelho.

O PROPÓSITO DESTE TEXTO

Isto nos leva ao propósito deste texto. É tentar, de maneira tanto bíblica quanto esclarecedora, apresentar o evangelho de uma nova perspectiva que tratará de algumas das modernas concepções erradas, tão predominantes entre nós.

Vamos orar juntos para que Deus unja e use esta mensagem para Seus objetivos eternos.

O SENHOR JESUS NÃO VEIO PARA ABOLIR A LEI.

Para começar, é importante afirmar que O Senhor Jesus não veio para abolir a lei.

Ao contrário, Ele veio para cumpri-la.

Ele não apenas não eliminou as solicitações dos mandamentos de Deus.

Ele realmente os elevou!

Na realidade, os ensinamentos do Senhor Jesus elevaram as exigências sobre o povo de Deus ao invés de reduzi-las.

Uma simples verificação sobre dois dos dez mandamentos tornará este fato muitíssimo claro.

EXIGENCIAS MAIS ELEVADAS NA NOVA ALIANÇA

Por exemplo, o sétimo mandamento nos proíbe de cometer adultério. Agora é possível a muitas pessoas obedecer a esta ordem.

Elas podem entreter certos pensamentos e desejos sobre membros do sexo aposto particularmente atraentes.

Elas podem até ter fortes impulsos nesta direção, mas elas, pelo poder de sua vontade ou por outros meios, são capazes de controlá-los e manter-se longe deste pecado.

Esta abstinência os teria qualificado para serem julgados obedientes à lei nos dias de Moisés.

Mas, quando O Senhor Jesus veio, Ele tornou as coisas muito mais difíceis!

Ele declarou que mesmo ceder em pensamento é tão mau quanto ter realmente cometido o ato.

Isto torna a retidão impossível de um ponto de vista humano. Se você é honesto, admitirá comigo que pouquíssimos terão passado a vida sem um só tal pensamento.

Aqui, nesta única lei, virtualmente cada um é considerado culpado.

O mandamento sobre “não matar” também faz parte do quadro.

Não há dúvida de que houve tempo em nossas vidas em que outras pessoas nos ofenderam ou pecaram contra nós e, consequentemente, nos fizeram excessivamente irados.

E fomos capazes de resistir à tentação de matá-los.

Talvez a influência restritiva das aplicações da lei, tribunais e prisões tenham ajudado a fazer o trabalho de controlar nossos sentimentos de modo mais fácil.

Entretanto, está abstinência não atinge os padrões de Deus.

No Novo Testamento, não apenas não somos livres para matar aqueles que nos incomodam, mas somos solicitados a perdoá-los.

Não só não devemos abrigar ódio e amargura em nossos corações, mas Nosso Senhor insiste, em que amemos os nossos inimigos.

Como isto é possível? Mais uma vez, domínio próprio não é suficiente.

É necessário uma completa mudança de caráter.

A PRATICA DOS DEZ MANDAMENTOS.

E assim é com o resto dos Dez Mandamentos. Os padrões do Novo Testamento são realmente muito mais altos que os do Velho.

Espero que este pequeno exemplo é suficiente para demonstrar claramente que a retidão solicitada pelos ensinamentos do Senhor Jesus está muito acima daquela exigida pela lei.

A JUSTIÇA DE DEUS

Eu creio que a reação imediata da maioria das pessoas com relação a isto é imaginar interiormente:

“Como é possíveltal coisa?”

Como poderia viver alguém em tal completa perfeição, de maneira que nenhum pensamento, atitude ou ação pecaminoso pudesse mover-se em sua vida? Sabemos que os antigos judeus empenharam se por 1.450 anos para obedecer aos Dez Mandamentos.

É também bem documentado que a história deste esforço foi de falhas contínuas. Assim, já que foi claramente provado por milhares de experiências, sem sombras de dúvidas, que o homem é incapaz de obedecer às ordens originais de Deus, como podemos compreender o fato de que O Senhor Jesus aparentemente tornou as coisas ainda mais difíceis?

Como podemos lidar com o fato de que o que Deus hoje requer de nós está mais distante do nosso alcance e além de nossa capacidade de modo a ser inteiramente impossível?

A resposta a esta questão é bastante simples ainda que absolutamente profunda. Para compreendê-la é imperativo que cada cristão chegue a uma profunda e inabalável compreensão do seguinte fato: Há apenas uma pessoa no universo que está à altura deste critério inacreditável – o próprio Deus.

Sua vida é a única vida que automaticamente e espontaneamente transpira genuína retidão.

Ele é o único que é aprovado no teste.

Veja bem, Deus de modo nenhum, precisa tentar ser reto.

Ele apenas é! Ele não precisa tentar não olhar para revistas sujas ou evitar assistir novelas eróticas.

Ele não está se esforçando para não mentir, trapacear, roubar ou tirar vantagem de alguém em seu próprio benefício.

Ele não passa o tempo desejando ter coisas tão agradáveis quanto seus vizinhos.

A verdade é que Deus nem mesmo pode ser tentado pelo pecado (Tiago 1:13).

Ele simplesmente não está interessado. De fato, Ele o abomina. Deus manifesta retidão porque Ele é reto e é impossível para Ele ser de outro jeito.

Não deveria ser segredo para nós que em determinado momento da história, esta vida sobrenatural foi manifestada (1ª João 1:2).

2

(Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada);

Esta incrível vida de retidão veio à terra na pessoa do Filho de Deus, Jesus Cristo. Nós lemos: “Nele estava a vida (de Deus)” (João 1:4).

Este homem era o repositório da vida do Pai. Além disso, enquanto Ele andava neste planeta, Ele não funcionava pela sua própria vida, mas simplesmente vivia sua existência pelas inclinações da vida Divina que estava dentro Dele.

Ele desvendou Seu segredo quando declarou: “Eu vivo pelo Pai” (João 6:57).

Suas ações e mesmo Suas palavras não eram Dele mesmo, mas simplesmente uma expressão da vontade do Pai que vivia dentro Dele.

Ele afirmou: “As palavras que vos tenho falado, não falo por mim mesmo, mas o Pai que habita em mim, Ele faz as obras” (João 14:10).

Assim, vemos que O Senhor Jesus era verdadeiramente justo como resultado da própria vida de Deus dentro Dele, que o motivava.

UMA VIDA QUE NÃO É NOSSA

Isto então forma uma ilustração para nós hoje.

É totalmente impossível para nós atingir os padrões de Deus.

Mas, se somos crentes genuínos, sabemos que O Senhor Jesus que viveu nesta Terra a mais de 2000 anos atrás e agradou ao Pai em cada aspecto, agora vive dentro de nós.

E é a intenção do Pai que Seu próprio Filho, vivendo dentro de nós e vivendo a vida do Pai através de nós, cumpra todas a sua justiça.

A própria vida de Deus deve se tornar a fonte de todos os nossos pensamentos, sentimentos e ações.

Assim como Nosso Senhor vivia pela vida do Pai, nós também podemos ser uma expressão Dele mesmo vivendo por Sua vida dentro de nós!!!

VIDAS QUE MANIFESTAM A JUSTIÇA DE DEUS

Desta forma, nossas vidas manifestarão justiça. Desta forma, podemos atingir os padrões dados a nós no livro de Deus. Todavia é uma justiça que não é de nós mesmos (Fp 3:9).

9

¶ E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé;

Não somos nós que atingimos as exigências, mas Um Outro que vive em nós e através de nós. Esta é a verdadeira “justiça da fé” (Fil 3:9).

Esta fé nos traz para Deus e traz Deus para nós de uma maneira tão poderosa que o nosso próprio modo de viver é transformado.

O evangelho genuíno não é uma mensagem de esforço próprio.

A verdadeira justiça não é obtida pela nossas tentativas a melhorar.

Na verdade ela se cumpre por uma substituição sobrenatural.

Assim como Jesus agradou ao Pai permitindo-Lhe que vivesse através Dele, do mesmo modo nós também podemos agradá-Lo.

Esta é a verdadeira vida cristã.

É o “caminho estreito” sobre o qual Jesus falava. Qualquer outro é apenas uma imitação terrena.

O desejo de Deus não é que nos tentamos viver para Ele mas sim que Ele possa viver Sua vida através de nós!

Você percebe isto? Você é capaz de sondar a profundidade do que isto significa?

Que gloriosa liberdade! Que alívio e gozo!

Agora somos livres da escravidão de tentar agradar a Deus.

Agora Alguém que é infinitamente mais capaz irá fazê-lo por nós.

O Jesus vivo que agradou ao Pai enquanto estava neste mundo, agora irá fazê-lo novamente e através de nós.

UMA REVELAÇÃO ESSENCIAL

Esta é uma revelação essencial que cada cristão deve enxergar.

É algo que deveria ter um profundo impacto sobre sua experiência.

É uma verdade que deveria começar a alterar nosso comportamento em um nível fundamental.

DESCANSO E RESPONSABILIDADE

Se por um lado este grande fato nos fornece tremendo descanso por outro lado traz com ele uma responsabilidade enorme.

Você vê, isto quer dizer que supõe-se que o povo de Deus deve ser verdadeiramente justo. Significa que ele deve ser santo. Ele realmente foi destinado por Deus não apenas a atingir o padrão da lei do Velho Testamento, mas os excedentes padrões elevados revelados por Cristo Jesus.

CRISTO JESUS CUMPRIU A LEI

Na verdade, Ele não veio para abolir a lei.

Ao contrário, Ele veio para cumpri-la mais completamente que nunca.

Ele veio para fazer com que milhares de homens e mulheres se tornem mais justos que possível.

Sua intenção é que o que não pode ser feito pela força do homem na tentativa de obedecer à lei de Deus, possa agora ser cumprido por Seu Divino Poder trabalhando através de Seu povo.

MULTIDÕES VENCENDO ATRAVÉS DE CRISTO JESUS

Agora Deus pode ter multidões expressando ao mundo verdadeira santidade e vencendo o diabo através do seu testemunho.

Confiantemente, todos os leitores perceberão que há uma grande diferença entre a idéia de “guardar” a lei e “cumprir” a lei.

Guardar a lei é algo que envolve os esforços da carne para obedecer um padrão superficial.

O cumprimento da lei é a chegada de “Quem” deu o padrão.

Deixe-me dar um exemplo disto. Vamos supor que você nunca tenha encontrado minha adorável esposa, para ajudar você a conhecer um pouco sobre ela, eu poderia lhe mostrar uma foto dela.

Examinando sua foto, você poderia saber um pouco sobre sua aparência, a cor de seus cabelos, sua altura e as feições de sua face. Entretanto, quando você a encontra pessoalmente, ela é o cumprimento do retrato.

Você não precisa mais examinar a foto, ela agora está presente, perto de você. Na verdade, ela se sentiria ofendida se você a ignorasse e continuasse a olhar para a fotografia.

A LEI E OS MANDAMENTOS

Na mesma forma, Deus nos deu a lei e os mandamentos.

Eles são uma “fotografia verbal” Dele mesmo e de Sua justiça.

Eles, obviamente, são verdadeiros, justos e bons, assim como a foto de minha esposa é uma representação perfeita dela mesma.

Entretanto, a lei e os mandamentos são de algum modo incompletos porque é impossível descrever com palavras humanas a totalidade do que Deus é.

Agora, entretanto, o “cumprimento” da lei já veio.

A Pessoa descrita pelos mandamentos apareceu na Terra na pessoa do Senhor Jesus Cristo.

Esta Pessoa “cumpre” a lei, simplesmente porque a lei era e é um tipo de definição daquilo que Ele é.

Suas ações e palavras estão muito acima da lei porque a lei é uma mera sombra de tudo aquilo que Ele é.

AS ATITUDES DO SENHOR JESUS QUANTO A LEI

Para os fariseus, às vezes, suas atitudes e ações pareciam estar em contradição à sua compreensão da lei.

Isto é porque eles compreenderam mal o significado da lei e Quem realmente estava por trás dela.

Eles apenas olhavam para a foto e ignoravam a pessoa.

Tentar guardar a lei resulta em uma imitação humana daquilo que Deus é.

Mesmo se as pessoas mais determinadas pela vontade pudessem “fazer tudo direito” isto nunca poderia resultar em justiça.

Iria ser uma simples imitação de um ser humano. Nós lemos: “pelas obras da lei, nenhuma carne será justificada” (Gal 2:16).

Mesmo que pudéssemos fazê-lo, isto não seria aceitável diante de Deus. O que Deus está procurando é uma expressão real de Sua própria vida e natureza. Isto foi o que Ele viu em Seu Filho.

E isto é também o que Ele está procurando em nós – a plenitude de Sua vida saturando e permeando nosso ser de tal maneira que nós também nos tornamos uma expressão de Sua santidade.

Todavia, como todos sabemos a verdadeira realização desta verdade gloriosa não é tão simples quanto possa parecer.

De alguma forma, mesmo tendo esta vida sobrenatural vivendo em nós, não é somente Ele que expressamos.

Muito frequentemente, pensamentos, sentimentos e ações terrenos, sujos – pecados de todo tipo – trabalham em nós e são expressos através de nós.

QUAL É O NOSSO PROBLEMA?

Então, qual é o problema? Porque é que nem sempre manifestamos a natureza de Deus em nossas vidas diárias?

Na raiz deste dilema está o fato que ainda possuímos nossa velha vida.

Assim como a vida de Deus é inteira e completamente justa, assim também nossa própria vida– aquela com a qual nascemos–é inalteravelmente poluída pelo pecado.

Portanto, quando nos permitimos ser motivados por ela, naturalmente expressamos algo que é menos do que supremamente santo. Quando vivemos nossas próprias vidas, quando permitimos ao “ego” ser a nossa fonte de vida, os resultados são inevitavelmente pecadores e, portanto, rejeitados por Deus.

Isto então, coloca o crente que está desejando ser santo e fazer a vontade de Deus, numa espécie de encruzilhada.

A cada dia e, na verdade, a cada momento de cada dia os cristãos são obrigados a fazer uma escolha.

POR QUAL VIDA VAMOS VIVER

Eles devem continuamente decidir por qual vida irão viver. Qual vida eles permitirão que os encha e os motive?

A de Deus ou a deles mesmos?

Qual vida será a inspiração deles, momento a momento?

Nosso Pai Celestial, em Sua grande sabedoria, não impõe o seu jeito sobre nós.

Ao contrário, se manifestamos Sua vida, será o resultado de nossa perpétua escolha do Seu jeito.

Se começamos a exibir Sua natureza, é porque dia a dia escolhemos permitir que Sua vida nos encha e domine o nosso ser.

Além disso, significa que nós ao mesmo tempo decidimos negar a nossa própria vida que expresse a si mesma.

Quão santo e precioso é que nosso Deus e Rei seja tão sensível aos nossos desejos! De modo inverso, quão terrível a responsabilidade de termos que escolher corretamente a cada dia.

DEVEMOS ENTÃO GUARDAR O SÁBADO?

Agora chegamos ao assunto deste artigo, a guarda do dia de sábado. No Velho Testamento, quando Moisés recebeu os Dez Mandamentos, a ordenança do sábado era uma exigência referente aos empreendimentos do sétimo dia.

Deus ordenou ao Seu povo que cessasse de fazer a maioria de suas atividades físicas para que pudessem focalizar suas mentes e atenções no trabalho Dele. Simplesmente, deviam parar o que estavam fazendo e descansar.

Enquanto este parecia ser um mandamento fácil de ser cumprido, ele provava ser uma virtual impossibilidade.

Havia sempre algo na vida do povo de Deus que os estava empurrando para a ação, mesmo quando era uma violação da vontade Dele.

Agora, se o decreto do Velho Testamento era impossível de guardar, o que dizer do padrão da Nova Aliança?

Naquele tempo, os seguidores de Deus eram proibidos de trabalhar um dia em sete.

Mas agora, ao Novo Testamento somos solicitados a não trabalhar absolutamente.

Somos admoestados a “parar com suas próprias obras” completamente (Heb 4:10).

O padrão do “descanso” foi elevado muito além das atividades de um dia. Agora está sendo aplicado a nossa inteira existência.

Temos que entrar num descanso tal, que não somos mais “nós” que vivemos.

Não apenas o sétimo dia mas todos os sete dias da semana são santos para Deus.

Agora há apenas espaço para uma só pessoa – Jesus Cristo.

Isto então nos leva a um entendimento apropriado do verdadeiro evangelho.

É a mensagem que afirma que há um “descanso” para o povo de Deus, no qual eles precisam entrar. Está disponível a nós a opção de parar de viver nossa vida por nossa própria motivação e entrar na experiência de ser vivificados por Deus.

A genuína experiência do sábado não é outra senão aquela da qual estamos falando. É simplesmente permitir a Deus ser nossa vida e parar de viver por nós mesmos.

Quando compreendidas apropriadamente as ordens da Velha Aliança, são vistas simplesmente como tipos externos das realidades espirituais vindouras.

São experiências terrestres que Deus nos deu para nos ensinar a compreender coisas espirituais. Referente à observação exterior do dia do sábado, as Escrituras nos dizem que isto era simplesmente uma sombra “do que haveria de vir, mas a realidade, porém, encontra-se em Cristo” (Col 2:17).

O SÁBADO UMA DAS MAIS IMPORTANTES REVELAÇÕES DO NOVO TESTAMENTO

Você vê isto? Sob esta luz, a verdadeira observação do Sábado torna-se uma das mais importantes revelações do Novo Testamento.

Cessar de viver por nossa própria vida e submeter nossas habilidades à inspiração de um Outro, está verdadeiramente no centro de todos os pensamentos e intenções de Deus.

É por isto que Jesus veio e morreu por nós. Foi para compartilhar conosco a vida Divina do Pai para que pudéssemos ser participantes de Sua natureza e sermos verdadeiramente JUSTOS.

Não admira que o Sábado seja um dos mais importantes dos mandamentos, sendo mencionado 137 vezes nas Escrituras.

Não é surpreendente, portanto, que a sua observância seja levada tão a sério por Deus e que seja enfatizada muitas outras vezes pelos profetas quando detalhando as fraquezas do povo de Deus.

A importância desta experiência, a centralização desta verdade é tão profunda que, se uma pessoa não a compreende, então ela realmente não começou a compreender a mensagem de Cristo Jesus.

A guarda do verdadeiro sábado, que resulta na substituição da nossa velha e perecível vida pela nova e eterna vida de Deus, é absolutamente indispensável.

Você guarda o dia de sábado?

Não pergunto se você vai trabalhar fora ou se mexe em seu jardim no domingo.

Nem há interesse em discussões infrutíferas sobre se sábado ou domingo é o dia apropriado para adoração.

Estas coisas pertencem inteiramente a outro campo. Se você está preso nelas, já está correndo sério risco de perder a realidade espiritual sobre a qual estamos falando.

O apóstolo Paulo estava temeroso disto quando falou aos crentes gálatas “Mas agora que conhecestes a Deus, ou melhor, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias e meses, e tempos, e anos.

Temo a vosso respeito não haja eu trabalhado em vão entre vós” (Gal 4:9-11).

Ele sabia que seus ouvintes tinham apenas compreendido a aparência superficial das Escrituras e negligenciado completamente a verdadeira mensagem.

Sua apreensão era que guardando uma ordenança terrena, eles estivessem demonstrando que não tinham compreendido o verdadeiro sentido.

Esta é, então, queridos irmãos, nossa presente consideração. Estamos entrando na verdadeira experiência diária do sábado?

Estamos verdadeiramente parando nossas próprias atividades e entrando no descanso de Deus?

Estamos vivendo por nossa própria vida ou permitindo que a vida de Um Outro nos domine e controle?

Quem é nossa motivação? A quem estamos expressando no dia a dia?

Jesus virá em breve. Somente aqueles que amaram o sábado estarão prontos.

Ouça a promessa de Deus: “Se você vigiar seus pés para não profanar o sábado e para não fazer o que bem quiser em meu santo dia; se você chamar delícia o sábado e honroso o santo dia do Senhor, e se honrá-lo, deixando de seguir seu próprio caminho, de fazer o que bem quiser e de falar futilidades, (outra versão diz ‘falar suas próprias palavras’) então você terá no Senhor a sua alegria, e eu farei com que você cavalgue no altos da terra e se banqueteie com a herança de Jacó, seu pai. É o Senhor quem fala” (Isaías 58:13,14).

HAVERÁ ALGUMA CONSEQÜÊNCIA?

Há, entretanto, um outro lado desta consideração. Durante a lei, aquele que violasse o sábado devia ser executado.

Aquele que se recusasse a parar de trabalhar era morto. Êxodo 31:15 diz: “Qualquer que no dia do sábado fizer algum trabalho, certamente será morto”.

Este mesmo julgamento é repetido em Êxodo 35:2. Talvez você mesmo se lembre da história do homem que foi encontrado colhendo lenha para o fogo do sábado, quando os filhos de Deus estavam no deserto.

A congregação estava um pouco insegura sobre o que fazer com este homem. Então o trouxeram a Moisés e a Arão que, então consultaram a Deus.

E qual foi a resposta D’ele? “O homem seguramente deve morrer; toda a congregação deve apedrejá-lo no campo exterior” (Números 15:35).

Assim vemos que na velha Aliança as conseqüências de quebra do sábado eram extremamente severas. Deus mostrou claramente que este mandamento era sério e que não devia ser tratado com leviandade.

Mas agora que já temos idéia do que significa o sábado durante a Nova Aliança, o que devemos pensar?

É algo muito sério?

Há alguma conseqüência?

O cristão tem algo a temer referente à sua obediência a Deus no que concerne a entrar em descanso?

Tenho a impressão que a resposta da maior parte dos evangélicos é “não”.

“Uma vez que você recebe a Jesus,” eles dizem, “não há mais nada a temer”.

“Deus ama nos e não faria nada para punir ou causar algum desconforto a seus filhos”.

Este é um pensamento abrandado e temo que muitos cristãos desejam desesperadamente aderir a ele.

Entretanto, não é verdade.

As Escrituras são totalmente claras sobre isto.

Tanto agora como no futuro, Deus pode punir e disciplinar Seus filhos e irá fazê-lo! Hebreus 12:6 diz: “Pois o Senhor corrige ao que ama, e castiga a todo o que recebe por filho”.

Esta palavra “castigar” de acordo com o dicionário Webster, significa “punir como chicoteando, disciplinar especialmente com um chicote, uma vara ou semelhante.”

Amados irmãos, este não é um conceito da Velha Aliança, mas uma verdade do Novo Testamento.

O TRIBUNAL DE CRISTO

Sabemos pela Bíblia que todos nós iremos aparecer diante do tribunal de Cristo (II Cor 5:10).

Ali recebemos uma recompensa por aquilo que fizemos durante o nosso tempo aqui na Terra, seja bom ou ruim.

A maioria dos professores da Bíblia insistem que, sejam nossas ações “boas ou más”, receberemos uma bênção.

Parecem pensar que Deus é um tipo de simplório que realmente não sabe ou não se importa como o Seu povo se comporta.

Entretanto, a palavra “recompensa” não significa necessariamente uma coisa maravilhosa.

Significa que ganharemos aquilo que merecemos.

Se você acredita que pode plantar um estilo de vida pecador e colher as bênçãos de santidade, então você está enganado seriamente.

É certo que “aquilo que o homem semear, isto será o que colherá” (Gal. 6:7).

Este é um princípio inalterável.

Quando o Senhor voltar, irá punir seus filhos desobedientes?

Você pode estar absolutamente certo disto.

O próprio Jesus nos ensina que “o servo que conhecia a vontade do Senhor e não se preparou e não fez conforme a Sua vontade, será castigado com muitos açoites, mas o que não a soube e fez coisas que mereciam castigo, com poucos açoites será castigado. Daquele a quem muito é dado, muito se lhe pedirá e a quem muito é confiado, mais ainda se lhe pedirá” (Lucas 12:47-48).

Isto é algo que acontecerá quando Jesus voltar para julgar Seu povo (veja o verso 43).

Paulo segue esta afirmação sobre o tribunal de Cristo com estas palavras: “Portanto, conhecendo o temor do Senhor, procuramos persuadir os homens” (II Cor 5:11).

Isto demonstra claramente que devemos temer algo se levamos vidas desobedientes.

Mas alguns irão discutir, “não está se referindo a descrentes?” Deixe-me perguntar-lhe; Quantos descrentes estarão diante do tribunal de Cristo?

Lá não haverá nenhum não cristão. Somente cristãos serão arrebatados e ressurretos nesta hora e estarão diante do Trono de Jesus.

Os descrentes, na verdade, serão julgados, mas somente mil anos mais tarde, no que é conhecido como “julgamento do Grande Trono Branco”.

Portanto, o que é ensinado nas Escrituras sobre o tribunal de Cristo se refere apenas a cristãos. Note que Paulo usa a palavra “nós” referindo-se a ele mesmo e aos outros crentes.

A Bíblia ensina também que o julgamento começa na casa do Senhor (I Pedro 4:17).

Se Deus não julga corretamente sua própria casa, como poderá julgar o mundo com justiça?

Vamos ser bem claros sobre uma coisa aqui. Quando falamos sobre Deus punir Seus filhos desobedientes, não queremos dizer que eles “irão para o inferno” ou estarão perdidos.

Deus não perde nem mata Seus filhos e filhas. Mas, como um Pai amoroso, Ele os disciplina, algumas vezes severamente, para o seu próprio benefício.

Isto será especialmente verdadeiro em Sua vinda.

Alguns podem argüir sobre este fato, alegando que podemos ser perdoados e lavados pelo sangue de Jesus.

Então, eles insistem, Deus não irá nos punir, mas nos perdoar. Não conheço nada mais precioso que o sangue de Jesus. É eficaz. É verdade que limpa todo pecado.

O perdão amoroso de Deus é algo que está no centro do evangelho. Entretanto, antes que o sangue de Jesus possa operar, há uma condição importante.

Precisamos nos arrepender e deixar o pecado. Nos tempos do Velho Testamento, quando alguém vinha trazendo uma oferta mas em seu coração não havia arrependimento e sim intenção de continuar no pecado Deus não aceitava a oferta de suas mãos.

Ele os considerava hipócrita. Se Deus não aceitava o sangue de um animal de um hipócrita, quanto menos aceitaria o sangue de Seu precioso Filho para livrar um filho pecador de seu justo castigo, quando ele pretende permanecer no pecado.

Heb 10:26 diz: “Porque se voluntariamente continuarmos no pecado depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma expectação terrível de juízo e um ardor de fogo que há de devorar os adversários. Qualquer um que rejeitasse a lei de Moisés morreria sem piedade perante o testemunho de 2 ou 3 testemunhas. De quanto pior punição você supõe, ele será considerado merecedor, ele que pisoteou o filho de Deus, maltratou-o, considerou o sangue da aliança pelo qual foi santificado como uma coisa comum e insultou o Espírito da graça? Por que nós conhecemos quem disse: ‘a vingança é minha, Eu pagarei’, diz o Senhor. E, de novo, ‘o Senhor julgará o Seu povo’.”

Esta passagem se refere aos filhos de Deus que tentam tirar vantagem da graça e do perdão de Deus. Eles vivem vidas pecaminosas e acham que podem escapar com ela, suplicando pelo sangue de Jesus como se ele fosse uma tinta capaz de esconder o que eles são por dentro.

Quando você se arrepende genuinamente e completamente, Deus é capaz de limpar e perdoar você (I João 1:9).

Mas, se você não está pronto a deixar os seus pecados, não se iluda. Deus não é objeto de zombaria. Aquilo que você plantar, você também colherá (Gal 6:7,8).

Ele irá julgar Seus filhos e filhas e eles irão receber exatamente o que merecem por sua obediência ou desobediência.

Quando Ele voltar, será tarde demais para arrepender-se e receber perdão.

O trono da graça será substituído pelo trono do julgamento.

Com tudo isto em mente, vamos retornar nossa discussão sobre o sábado.

No coração e na mente de Deus este descanso é uma ordem extremamente importante. Hebreus 4:1 diz “Portanto, temamos que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus suceda parecer que algum de vós tenha falhado”.

Aqui aprendemos que realmente há algo para “temer”. A experiência de parar de viver por nós mesmos e por nossa própria vida não é algo para cristãos “espirituais” e “desenvolvidos”.

A expectativa de Deus é que todos nós experimentemos o descanso sábatico.

O Senhor Jesus proporcionou uma maneira para todos os seus filhos serem libertos daquilo que eram.

Ele morreu e ressurgiu para que nós também pudéssemos morrer para nós mesmos e viver pela sua vida da ressurreição.

Mas, e você? Tem usado seu tempo sabiamente para possuir tudo aquilo que o Senhor comprou para você?

Você como servo sábio e fiel está experimentando o verdadeiro descanso de Deus todos os dias?

Ou você está tirando proveito da graça e da bondade de Deus?

Você está simplesmente vivendo por si próprio e por sua própria vida, procurando seu próprio prazer e falando suas próprias palavras?

O sangue de Jesus é precioso para você ou apenas um jeito fácil de escapar à punição que você merece pelo tipo de vida que está levando?

Queridos amigos e irmãos, vamos examinar seriamente nossos corações por um momento. Verdadeiramente, todas às coisas estão “descobertas e patentes aos olhos Daquele a quem temos que prestar contas” (Heb 4:13).

Servos sábios e fiéis estarão realmente preparados para a Sua vinda.

DAVID W. DYER

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