Esse blog é para todos aqueles que sentem sua responsabilidade na causa do Senhor, para aqueles que honesta e verdadeiramente levam a sério as coisas do nosso Deus. É um apelo a todos que desejam ser cooperadores de Deus, que procuram servir ao Senhor Jesus de acordo com Seus mandamentos e não de acordo com suas preferências.

terça-feira, 23 de março de 2010

DIVÓRCIO E NOVO MATRIMÔNIO

Aos amados que estão na corrida para Reinar com Cristo Jesus...

Divórcio e novo matrimônio

É permitido ao homem ou a mulher divorciar-se e contrair um novo matrimônio?

Deus aprova que alguém se case com uma pessoa divorciada?

Como servos de Deus, para tratarmos deste delicado e controvertido tema, é nos necessário seguir uma certa ordem metodológica:...

Primeiro, analisar as passagens mais claras e que diretamente tratam do assunto e logo depois estudar aquelas mais difíceis de compreender a luz destas. A revelação no Antigo Testamento aparece gradual e progressiva até chegar a Cristo, que é a revelação de Deus para todos os homens de todos os tempos. Por isso, acho melhor abordar primeiro as passagens do Novo Testamento. Creio que o mais correto é começar pelas palavras de Jesus registradas nos Evangelhos, para logo considerar as passagens do Antigo Testamento à luz delas.

Segundo, enfocar primeiro a regra geral sobre o tema e logo abordar as exceções. Se tratarmos primeiro dos casos que se constituem exceções sem primeiro haver estabelecido a regra, terminaríamos fazendo uma exceção à regra, desvirtuando assim o ensinamento do Senhor.

Terceiro, resolver sempre em primeiro lugar o aspecto bíblico do tema e não o aspecto emocional envolvido

Se consideramos os casos sem ter definido o enfoque bíblico, corremos o risco de emitir nossos próprios juízos baseados em raciocínios ou sentimentos humanos e não na Palavra de Deus.

O que disse Jesus sobre este tema

Para seguir a ordem proposta, consideremos primeiro as declarações de Jesus sobre o divórcio e o novo casamento, as que sem dúvidas sejam claras, completas e finais. Trataremos primeiro a regra geral e logo a única exceção assinalada por Jesus e por Moisés.

Nos evangelhos é citada quatro vezes a palavra de Jesus sobre o assunto:

Mc. 10:11-12 - E ele lhes disse: Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela. E, se ela repudiar seu marido e casar com outro comete adultério.

Lc. 16:18 - Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério.

Mt. 5:32 - Eu, porém vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de fornicação, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que se casar com a repudiada comete adultério.

Mt. 19:9 - Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra comete adultério ( e o que casar com a repudiada comente adultério).

Como pode se observar, Jesus Cristo estabelece sobre esta delicada questão uma regra geral e uma cláusula de exceção. A exceção à regra é: “a não ser por causa de fornicação”; ou “salvo por causa de fornicação”.

Cabe destacar que nem Marcos nem Lucas incluem a cláusula de exceção; só quem coloca é Mateus nos textos citados. (O fato de que Mateus seja o único a incluir a cláusula de exceção, a meu juízo tem uma razão de ser que mais adiante mencionarei).

A regra geral: Como já assinalei anteriormente, a primeira coisa que devemos ter claro é a regra geral estabelecida pelo Senhor. Logo abordaremos a cláusula de exceção.

Parece óbvio que a regra geral abrange os casos daquelas pessoas que se divorciam e se casam de novo sem que exista a causa de “fornicação”, aqueles que se separam porque simplesmente já não se querem mais, ou não se dão bem, ou por outras razões não compreendidas na cláusula da exceção.

Mt. 19:1-12

• Vers. 3 - O ataque dos fariseus

O propósito aqui é confundir o Senhor e desacreditá-lo diante do povo e assim ter motivos para matá-lo.

• O coração dos fariseus:

Lc. 11.53,54 - 12:1 - Saindo Jesus dali, passaram os escribas e fariseus a argüi-lo com veemência, procurando confundi-lo a respeito de muitos assuntos, 54- com o intuito de tirar das suas próprias palavras motivos para o acusar.1-Posto que miríades de pessoas se aglomeraram, a ponto de uns aos outros se atropelarem, passou Jesus a dizer, antes de tudo, aos seus discípulos: Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.

Lc. 20:20-21 - Observando-o, subornaram emissários que se fingiam de justos para verem se o apanhavam em alguma palavra, a fim de entregá-lo à jurisdição e à autoridade do governador. Então, o consultaram, dizendo: Mestre, sabemos que falas e ensinas retamente e não te deixas levar de respeitos humanos, porém ensinas o caminho de Deus segundo a verdade;

• Os fariseus embora mencionem Moisés nesta conversa com Jesus eles na prática não tinham qualquer compromisso com a lei nesta questão do Casamento, pois se divorciavam por qualquer motivo (Ensino de Hillel > queimasse o jantar, muito sal na comida, se não gostasse do seu cabelo, se ela falasse com algum homem na rua etc.). O Rabino Shammai era mais conservador.

• Vers. 4 a 6  Jesus volta ao princípio da criação

O verdadeiro motivo de Deus, muito antes de Moisés ou qualquer outro. Assim como a Igreja, o casamento também é uma instituição divina, foi Deus que instituiu o casamento.

Não tendes lido..., desde o princípio..., por esta causa..., de modo que..., portanto.

Aqui se dependesse do Senhor, o assunto estaria encerrado.

• Vers 7: Replicaram-lhe: Os fariseus não estavam interessados no plano divino para o casamento mas sim na exceção. Isto acontece com pessoas pecaminosas que querem  acomodar  suas cobiças e  a  intenção  maligna de seu coração. 

A pergunta dos fariseus:

Os fariseus foram a Jesus com a seguinte pergunta: “’E lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer coisa?” Mateus, como Marcos, deixa claro que a intenção dos fariseus era tentar (experimentar) Jesus.

Queriam surpreender  Jesus em alguma contradição com Moisés, a fim de desacreditá-lo como enviado de Deus. Mas Jesus nunca contradisse Moisés. Ele declarou:

“não vim para destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir” (Mt. 5:17-19). Moisés não falou por sua própria conta, sim da parte de Deus, o mesmo que Jesus. No que se refere à lei moral, Jesus e Moisés coincidem em tudo. Jesus não exigiu uma justiça maior que a de Moisés, sim maior que a dos escribas e fariseus, que faziam uma aplicação tendenciosa e errônea da lei.

A resposta de Jesus:

Ante esta pergunta dos fariseus, a resposta de Jesus foi um terminante “não”. E fundamentou seu “não” citando justamente a Moisés no texto de Gn. 2:24. Trata-se da lei fundamental estabelecida por Deus ao instituir o matrimônio: “Portanto deixará o homem a seu pai e a sua  mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne.”

E Jesus reforçou dizendo: “Assim já não são mais dois, mas uma só carne; portanto o que Deus uniu não o separe o homem”.

(É interessante que Marcos no seu evangelho, ao relatar o mesmo episódio, diz que os fariseus lhe perguntaram “é lícito ao marido repudiar a mulher”, sem adicionar “por qualquer causa”; e a resposta de Jesus em ambos os casos foi a mesma).

O contra-ataque dos fariseus:

Diante da resposta negativa de Jesus, os fariseus creram haver descoberto finalmente  a Jesus contradizendo a Moisés; perguntaram: “porque, pois, mandou Moisés dar carta de divórcio e repudiá-la?” Como estivesse dizendo:

Como é que tu dizes que não quando Moisés diz que sim?

Jesus não ignorava a única exceção que a lei fazia quanto ao divórcio, segundoDt. 24:1-4 - Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, se ela não achar graça aos seus olhos, por haver ele encontrado nela coisa vergonhosa, far-lhe-á uma carta de divórcio e lha dará na mão, e a despedirá de sua casa. Se ela, pois, saindo da casa dele, for e se casar com outro homem, e este também desprezar e, fazendo-lhe carta de divórcio, lha der na mão, e a despedir de sua casa; ou se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer; então seu primeiro marido que, a despedira, não poderá tornar a tomá-la por mulher, depois que foi contaminada; pois isto é abominação perante o Senhor. Não farás pecar a terra que o Senhor teu Deus te dá por herança.

Mas os fariseus, amparando-se nessa exceção, (texto que logo analisaremos), haviam convertido a prática do divórcio na alternativa válida e permitida por Deus, e a exceção se havia constituído quase em uma regra geral, tal como sucede também em nossos dias.

Jesus explicou aos fariseus a razão da exceção: “Pela dureza de vossos corações Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas no princípio não foi assim”

Ver  Lc. 16:15-18

Mas Jesus lhes disse: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece o vosso coração; pois aquilo que é elevado entre homens é abominação diante de Deus. A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele. E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da Lei. Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério.

Mc. 10:2-12

Mas Jesus lhes disse: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece o vosso coração; pois aquilo que é elevado entre homens é abominação diante de Deus. A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele. E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da Lei. Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério.

• Aqui já sem cláusula de exceção pois não era necessária, bastava apenas o verdadeiro ensino de Jesus.

• Não se fala aqui “por qualquer motivo”, mas a resposta não muda.

• Homens e mulheres colocados no mesmo nível de responsabilidade.

• Assim como em Mt. 19 os discípulos voltaram a falar com Jesus sobre o assunto (agora em casa) tamanho foi o impacto que o ensino do Senhor trouxe.

Jesus não está negociando uma situação sentimental; está sim tratando de um assunto moral

Jesus não pergunta quem é o culpado, se é ele ou ela, apenas diz quem repudia e casa com outro (a) comete adultério, quem casa com a repudiada (o) comete adultério.

• O que diz Moisés?  Dt 22:13-29 - Dt. 24:1-4 (Se refere a anulação a corte)

(Ver exemplo de José e Maria em Mt. 1:18-25 - Não quis denunciá-la publicamente por isso ia deixá-la secretamente.)

A exceção de Moisés era no caso de relações antes do casamento (Fornicação - Pornéia)

É importante notar que Jesus nunca disse: “salvo por causa de adultério” (grego:“moicheia”). Sempre disse: “salvo por causa de fornicação” (grego: “porneia”).

E quando uma pessoa divorciada se casa com outra nunca diz que cometeu “porneia”e sim “moicheia”.

As mesmas declarações de Jesus impedem de dar a palavra “porneia” em Mt. 5:32; 19:9 o significado de adultério.

Isto explicará o dito por Moisés: “Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, se ela não achar graça aos seus olhos, por haver ele encontrado nela coisa vergonhosa, far-lhe-á uma carta de divórcio...”. O homem ao casar-se, o que pode encontrar na mulher algo que seja indecente? O sentido mais provável é que descubra que sua mulher não seja virgem. Quando aparecia este tipo de situação ao casar-se existiam, segundo a lei, dois procedimentos a seguir:

Se havia litígio(disputa, demanda uma questão) entre o casal, o marido podia defrontar um julgamento público. Se a coisa fosse sem litígio, e ele não a quisesse como esposa, deveria redigir uma carta de repúdio e despedi-la definitivamente.

Os fariseus citaram Moisés, e a Lei – Precisamos compreender o que Moisés pretendia com a Lei.

Dt. 22:13-21 - explica o procedimento a ser seguido no caso de litígio entre o marido e a mulher e que requer para sua solução, um julgamento oficial. Se fosse comprovada a inocência da mulher e sua virgindade, ele devia pagar uma multa ao pai dela (100 ciclos de prata) “Ela ficará sendo sua mulher, e ele não poderá mandá-la embora durante a sua vida” (vs 19).

(vs 20-21) Mas se fosse comprovado que ela não era mais virgem devia ser apedrejada e morta Dt. 24:1-4 nos fala de outro procedimento quando surgia o problema.

Se o marido recém-casado queria anular o casamento “por haver nela algo indecente”, indecência que ela não negava, redigia uma carta de divórcio, que era entregue a ela, e ambos ficavam livres.

Cristo se refere a estes casos ao dizer: “salvo por causa de fornicação”. Quer dizer, apenas nestas circunstâncias é que o homem que se divorcia e que se casa de novo não comete adultério, e se a mulher repudiada se casa com outro não adultera (tão pouco o que se casa com ela).

Dessa maneira, o marido tem outra possibilidade: perdoar e recebê-la como sua esposa.

De modo que o ensinamento de Moisés e a lei de Cristo coincidem. Cristo não contradisse a Moisés, mas o ratifica e esclarece.

Porque Mateus é o único que inclui a cláusula de exceção?

Segundo me parece, como Mateus escreveu  o Evangelho para os judeus, toma o cuidado de mencionar a exceção para que não parecesse que havia uma contradição entre Moisés e Jesus. A cláusula de exceção na realidade tem uma utilidade prática muito remota.

Qual era intenção da Lei? - Dt. 22:13-21; 24:1-4

1. Advertir a todas as meninas e donzelas de Israel que mantivessem sua virgindade  até o dia de seu casamento.

2. Que se alguma donzela houvera pecado e perdido sua virgindade, sabendo dos riscos que corria, confessasse antes de casar-se seu verdadeiro estado a seu pretendente (o mesmo deveria fazer o varão).

3. Que no caso de que a mulher estivera em falta e ele não a quisesse como esposa, tivesse uma solução pacífica para resolver o conflito sem necessidade de recorrer ao juízo público e à conseqüente pena de morte.

4. Proteger a mulher repudiada para que o homem que a havia repudiado não tivesse dali  em diante nenhuma faculdade sobre ela.

5. Deixá-los livres, a ambos, para contrair novo matrimônio, pois praticamente se tratava de uma anulação do casamento recém realizado.

• Vers. 8 e 9: Por causa da dureza do vosso coração..., entretanto não foi assim desde o princípio.  A dureza de coração, caracterizada pela falta de perdão era a única razão para a exceção concedida por Moisés, mas que não deve ser encontrada em nenhuma pessoa que se diz discípulo de Cristo, pois temos a mente de Cristo 1 Co 2. 16 . “Aprendei de mim porque sou manso e humilde de coração. Mt. 11.29. “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Jo 1.17.  A permissão dada por Moisés na verdade era para proteger a mulher, pois era sempre quem levava a pior.A questão tratada aqui é Fornicação e não Adultério.

Jesus não estava contradizendo a justiça da palavra de Moisés e sim a justiça dos fariseu, que era tendenciosa e maligna.

• Vers. 10:  Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar. É certo que esses homens entenderam que para Jesus o casamento é indissolúvel. A solução dos problemas conjugais não está em um  novo casamento, mas no arrependimento e na reconciliação.

• Vers. 11,12:   Nem todos são aptos para receber este conceito... Os eunucos (Ver promessa em Is. 56:4,5

O ensino apostólico:

Rm. 7:2-3  comparar com 1 Co. 7:39

1 Co. 7:10-15 - Se vierem a separar-se que não se casem com outros, ou que se reconciliem.

Não há exceção. O texto mostra que havia irmãos e irmãs casados com incrédulos, pois se haviam convertido nesta situação, pois de outra forma não teriam casado com incrédulos conforme ensino de Paulo em 1 Co. 7:39.A separação aqui é permitida quando a iniciativa for do incrédulo mas nunca com segundo casamento.

As instruções do Apóstolo Paulo:

1 Co. 7 - Esta é a passagem mais extensa e quiçá é a única das epístolas que aborda esta questão. Pelo que diz o primeiro versículo, Paulo está respondendo a uma série de questões que lhe haviam feito os irmãos de Corinto. Trata-se de uma das poucas ocasiões que Paulo distingue com clareza o que disse o Senhor e manifesta o seu parecer pessoal.

Enquadrado dentro deste conselho pessoal, Paulo recomenda aos solteiros, as donzelas e aos viúvos que, se tem o dom de continência, sigam seu conselho de manter-se  solteiros, porque “o tempo é curto”, e para dedicar-se mais ao Senhor. Mas, deixa muito claro que, se casam “não pecam”; se casam “fazem bem” e que se não casam “fazem melhor”.

Mas em nenhum lugar ele disse aos divorciados que se  casam não pecam. Nos versículos 10-11 fala da situação dos casados: “Ora, aos casados, ordeno não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido (se, porém, ela vier a separar-se, que não se case, ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher.

O Senhor disse claramente “que não se separe”. Mas se a separação vier de toda maneira a se concretizar, seja pela desobediência ao Senhor, ou porque a convivência se tornou impossível, ou porque o cônjuge incrédulo decide separar-se ou divorciar-se; as alternativas são duas: “fique sem casar ou se reconcilie com seu marido”.

A separação é um primeiro mal (ao qual às vezes tem que resignar-se). Contrair um novo matrimônio constituiria um segundo erro, muito mais grave que o primeiro, pois seria, segundo as palavras de Jesus, cometer adultério. Por isso Paulo enfatiza: “mando, não eu, mas o Senhor”.

Nos versos 12-16, o apóstolo aborda uma situação correta: o caso de um casamento em que um dos dois se converte e outro não. Lendo cuidadosamente estes versículos,  notamos o seguinte:

1. O cônjuge crente não deve abandonar o não crente.

2. Se o cônjuge não crente se separa, o crente deve aceitar com paz esta situação.

3. Em nenhum lugar deste capítulo diz que o crente abandonado pelo seu cônjuge infiel pode voltar a casar-se.

Os que vêem no versículo 15 liberdade para casar-se com outro, estão extraindo o texto fora do contexto. Nos versos 10 e 11, Paulo deixa bem claro aos que se separam, que devem ficar sem casar.

Aqueles que argumentam que a palavra “corizo” significa “separação por divórcio vincular”, se equivocam pois, o mesmo verbo “corizo” aparece nos versos 10 e 11 do mesmo capítulo, donde fica claro que nenhum dos dois tem liberdade para casar-se de novo.

Ademais, o mesmo termo é usado em At. 1:4 “E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem(corizo) de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse, de mim ouvistes.” e 18:1 “Depois disto, deixando (corizo) Paulo Atenas, partiu para Corinto”. Facilmente se constata que não se refere a um divórcio vincular e sim simplesmente a uma “separação”, e às vezes a uma separação temporal como o caso de Onésimo e Filemón. (Fm. v.15).

De modo que a luz das declarações de Cristo, e do que Paulo escreveu em 1 Co. 7:10-11, o versículo 15 se deve interpretar simplesmente que uma mulher crente, abandonada por seu marido incrédulo, não está obrigada a seguir sendo sua esposa, pode ficar só e em paz. Mas o texto não diz que está livre para casar-se com outro homem. Os que tal coisa afirmam, simplesmente o fazem por uma dedução.

O único caso que Paulo explicitamente disse que a mulher está livre para contrair novo matrimônio é no caso da viuvez: “A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar-se com quem quiser, mas somente no Senhor”. 1 Co. 7:39.

Ainda que Paulo em Rm. 7 está falando sobre outro tema, está mostrando o mesmo princípio nos versos 2 e 3: “Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém se morrer o marido, estará livre da lei, e não será adultera se contrair novas núpcias”. Paulo diz aqui claramente o mesmo que Jesus. Não poderia ser de outro modo. A mulher casada, se o marido ainda vive e se casa com outro homem será chamada “adúltera”. Tanto para Jesus como para Paulo a segunda união é adultério.

Rm. 7:2-3 - Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias.

(1 Co. 6.9-10) Não diz a Palavra que os adúlteros não herdarão o reino de Deus?

O ideal é que o marido ame sempre sua esposa como Cristo amou a Igreja. O ideal é que a mulher sempre, com um espírito afável e agradável, respeite a seu marido e se sujeite a ele. O mínimo que Deus exige é que sejamos fiéis a nosso pacto matrimonial e que não cometamos adultério abandonando nosso cônjuge e contraindo novo matrimônio.

O princípio do modelo:

O modelo representa alguma coisa:

Êx. 25:4,9; 26:30 - At. 7:44 - Hb. 8:5 - Fp. 3:17

I Tm. 1:16 - Mas, por esta mesma razão, me foi concedida misericórdia, para que, em mim, o principal, evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade, e servisse eu de modelo a quantos hão de crer nele para a vida eterna.

A Igreja é edificada por modelos:

Mt.16:18

Ef. 2:19-20 - Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular;

O Modelo:

Cristo e a Igreja - Ef. 5:22-32

As atitudes ou a conduta de cada cônjuge vistas neste texto, provam que é impossível a separação do casal se cada um fizer a sua parte.

O  mais precioso no entanto é que o modelo é Cristo e a Igreja. O Casamento é uma instituição divina - Gn. 2:18-25

Por que Deus nos dá modelos?:

Jo. 17:20-23 - Para que o mundo creia em Jesus e para que o Pai seja glorificado em seu Filho.

O Modelo existe para ser visto = o mundo precisa ver para crer! “Que todos sejam uma para que o mundo creia”

Analisemos algumas possibilidades:

Caso 1: Deus permite a um homem divorciar-se de sua esposa e casar-se com outra mulher?  Ou a uma mulher divorciar-se de seu marido e casar-se com outro homem?

Resposta: (Não estou interpondo nenhuma explicação ou interpretação humana, somente me limito a transcrever a clara e final resposta de Jesus); “E ele lhes disse: Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela. E, se ela repudiar seu marido e casar com outro comete adultério.” Mc. 10:11-12

Caso 2: Ele está permitindo a uma mulher que tenha sido repudiada casar-se com outro? (Cabe a mesma pergunta no caso do homem repudiado por sua mulher).

Resposta: “Eu, porém vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de fornicação,  a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que se casar com a repudiada comete adultério”. Mt. 5:32 - O que diz a Bíblia “a expõe a cometer adultério”

Caso 3: Permite o Senhor que alguém se case com uma pessoa divorciada?

Resposta: Mt. 5.32 - e aquele que se casar com a repudiada comete adultério; e casar com outra comete adultério ( e o que casar com a repudiada comente adultério)

Mt. 19:9 - e àquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério.

Caso 4: Já vimos que se um homem se divorcia de sua mulher e se casa com outra, adultera. Mas, seu adultério libera a sua primeira mulher para casar-se com outro?

Resposta: “Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério.” Lc. 16:18

Qual é a condição espiritual destas pessoas diante de Deus?

Segundo as declarações de Jesus, os que se divorciam e se casam de novo, ou os que se casam com pessoas divorciadas, estão em adultério. Todos os textos reiteram de um modo claro e final.

O grave desta condição é que enquanto as pessoas continuam com esta relação ilícita permanecem em adultério. Jesus, quando se encontrou com a mulher samaritana que estava nesta situação, lhe disse: “Cinco marido tiveste, e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade” (Jo. 4:17-18).

Argumentos mais comuns para o recasamento:

PERMANECER COMO FOI CHAMADO

1 Co. 7:17-24 . Este texto está tratando de circuncisão e escravidão e está bem de acordo com todo o ensino do apóstolo em todas as suas cartas. Jamais falaria de adultério, pois ai incluiria qualquer outra situação de pecado que a pessoa estivesse quando de sua conversão (homossexualismo, roubo, mentira, idolatria, avareza, bebedice e outros)

Ver 1 Co. 6:9-11 e comparar com At. 17:30-31 . “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.” 1 Jo. 3:9

Os mesmos textos acima servem para os argumentos fortes como: Se eu era incrédulo e não conhecia a vontade de Deus como posso agora ser responsabilizado por isso. Além dos textos acima ver Mc. 8.34,35 ; Mc 1. 14,15

Este padrão de Deus para o casamento foi aplicado também em incrédulos, poisnão é um padrão pós conversão mas desde a criação.

Ver os textos de Mc. 6:16-20 e Lc. 3:18-20, aqui vemos um homem cheio do Espírito Santo mencionando a verdade de Deus neste assunto bem como a correta interpretação da Lei de Moisés, e aplicando a verdade a um rei perverso e incrédulo. No AT também temos uma situação bem clara em Gn. 20:1-7

COMO NO AT OS PATRIARCAS TIVERAM MAIS DE UMA MULHER?

O único modelo que temos a seguir é Jesus Cristo o Filho de Deus, a graça e a verdade vieram por meio dele.

Quanto aos Patriarcas podemos imitá-los em tantas coisas preciosas de suas vidas, mas é certo que não devemos imitá-los em tudo.

Ex. Abraão (podemos imitar sua fé e sua obediência a Deus, mas nem um de nós entregaríamos nossa mulher a um Rei perverso só para livrar-se da morte. Uma verdade a respeito de todos os homens do passado é esta “Não há justo, nem um sequer” Rm. 3:10. Mas Cristo veio e com ele a verdade se tornou conhecida de todos nós. “ Este é o meu Filho amado em quem me comprazo, a ele ouvi. Mt. 17:5

SE ALGUÉM ESTÁ EM CRISTO É NOVA CRIATURA

2 Co. 5:17 - Este texto examinado a luz do seu contexto (Vers. 14 a 17) não fala outra coisa a não ser que quem está em Cristo é agora uma nova criatura com um novo governo sobre sua vida.

Ver também Gl. 2:19-21

Agora estamos no Reino de Deus

• Essa posição é injusta

Jo. 7:16-18

Considerações e esclarecimentos finais:

- Deus permite a um homem divorciar-se de sua mulher e casar com outra, ou a mulher divorciar-se de seu marido e casar com outro?

R. Não. Ver Mc. 10:11-12

- A mulher ou o homem repudiado (inocente) pode casar com outro?

R. Não. Lc. 16:18

- É permitido a alguém casar com uma pessoa divorciada pensando que mesmo sendo adultério é da outra pessoa (a divorciada) e não meu?

R. Não. Mt. 5:32

Como tratar alguém que estamos evangelizando e sabemos que está em adultério
- Rm. 1:16-17 - diz que o evangelho é poder de Deus para salvar e que a justiça de Deus se revela no evangelho. O importante aqui é primeiramente conduzir a pessoa a Cristo, para que ela veja o Senhor , Sua Glória e Seu amor e a partir desta revelação seja então confrontada com o seu pecado. Podemos mencionar experiências que tivemos com pessoas nesta condição.

- Jo 3:16-21 - A proclamação do evangelho é que vai definir a atitude do coração do perdido para com Deus. Nunca pense que a Palavra do Reino vai destruir alguém ou alguma família, porque destruir é obra de Satanás. A palavra do Reino vem sim para destruir as obras das trevas

- Porque não me falaste antes, assim eu não teria continuado o assunto contigo? Não desanimem em ouvir isto, e tampouco agimos errado quando fazemos assim, como também não foi perda de tempo, e, sim nosso empenho para salvar as vidas. Hb. 4.2. “Porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos. Rm.1:21-22

Nunca se desvie das pessoas em adultério e não subestime o poder de Deus e de Sua Palavra, resista ao espírito de incredulidade e confie no Senhor.

CONCLUSÃO:

“Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo; porque eu não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo. Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia. Porque eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, esse me tem prescrito o que dizer e o que anunciar. E sei que o seu mandamento é a vida eterna. As coisas, pois, que eu falo, como o Pai mo tem dito,assim falo.” Jo. 12:46-50

“Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes”. Jo. 3:17

A DEUS TODA GLÓRIA

segunda-feira, 22 de março de 2010

Perseguição DE MORTE aos Cristãos - cenas fortes

Divórcio e Recasamento

Amados, para vossa meditação, quem tem ouvidos que ouça!!!

“...eu PORÉM vos digo ...”

Mt 5.28

Divórcio e Novo Casamento é o mesmo que adultério continuado.

Sem querer tomar atalhos ou evitar "ofender" pessoas que têm interesse pessoal no assunto, vamos direto ao assunto e vejamos o ensino cristalino do Novo Testamento sobre o assunto de Divórcio e Novo Casamento.

Quando alguém quer se evadir de conclusões contundentes e dogmáticas, geralmente se diz que determinado assunto é "polêmico" (do Grego polemeo = guerra).

Nosso apelo aqui é o seguinte:

Vamos ficar em paz com a Palavra de Deus sobre esse assunto?

Não há guerra alguma aqui, quando temos um espírito submisso à Palavra de Deus. Não tentemos forçar situações particulares sobre a Palavra de Deus, mas analisemos o ensino Bíblico.

Vejamos as sete passagens do Novo Testamento que lidam com o assunto e que categoricamente afirmam a indissolubilidade total do casamento enquanto o homem e a mulher dessa união estão vivos.

1. Mat. 5:32

"Porém, eu vos digo, que todo aquele que repudiar sua esposa, a não ser por causa de fornicação, causa que ela cometa adultério, e todo aquele que se casar com ela que é divorciada comete adultério."

Explicação:

1.1 Notemos aqui que o Senhor Jesus Cristo está afirmando a indissolubilidade total do casamento enquanto o marido e a esposa estão vivos.

Note que somente no evangelho de Mateus (Mat. 5:32 e Mat. 19:9) estão inseridas a resalva "a não ser por causa de fornicação" (note que essa é que é a correta palavra usada inclusive por João Ferreira de Almeida em 1693 pois vem do grego "porneia"), porque isso se aplica a situação peculiar dos Judeus.

Veja no verso 5:1 a quem Ele estava se dirigindo: à multidão e aos discípulos. Essa foi a exata situação que inicialmente José pensou erradamente de Maria. Os fariseus, também, cometeram esse erro mas de forma blasfema em João 8:41, acusando o Senhor Jesus com sendo nascido de fornicação(porneia) e não de adultério (moicheia).

Note que em Mat. 1:20 o anjo dirigindo-se a José, chamou Maria de "tua mulher" (ou esposa) embora o casamento não tinha sido celebrado e consumado, ou seja, eles ainda não tinham se tornado uma só carne, mas eram marido e mulher.

Nesse caso, Jesus está dizendo que o casamento poderia ser cancelado, caso houvesse fornicação, situação na qual a pessoa está a um passo da condenação e de não entrar no Reino dos Céus. (1 Cor. 6:10).

1.2 Note que a palavra não é o verbo comete adultério (moichao), que ocorre duas vezes no verso, mas propositalmente não é usada pelo Senhor Jesus para a exceção.

Por quê?

Teria O Mestre se esquecido?

Teria Ele perdido essa oportunidade de ser claro, usando o triste fato do adultério para a desculpa do divórcio?

Não. A palavra adultério não foi usada porque a exceção não se aplica aos que se tornaram uma só carne, mas aos que estavam em contrato de casamento (em Hebraico: 'aras ou kiddushin, em inglês: betrothal - Ex. 22:16, Lev. 19:20, Dt. 22:23, 28:30).

Note que no mesmo evangelho (Mt. 1:18), Maria era desposada(Grego: mnesteuo) com José e não casada (gameo).

É para esse caso especial, e apenas nesse caso dos Judeus, que Jesus está se referindo, porque o casamento não tinha se consumado. Nesse caso, o pecado é fornicação que quebraria o pacto do "esposamento" e não de casamento. É muito simples!

1.3 Note que Jesus começa sua argumentação com a conjunção adversativa PORÉM.

Isso nos diz que há um contraste entre o que os Judeus queriam ouvir e o que Jesus estava ensinando. Se Jesus estivesse defendendo o divórcio após o casamento, não haveria nenhuma necessidade da conjunção adversativa PORÉM.

1.4 Note que a mulher ( parte chamada inocente) está divorciada, mas Jesus não reconhece nenhum divórcio, qualificando essa outra união de adultério.

1.5 Note a reação desesperada dos discípulos em Mateus 19:9. Vejamos:

2. Mat. 19:9-10

"Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, exceto sendo em caso de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério. Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar."

Explicação:

Notemos que esse homem casa com outra mulher (qualquer que seja a situação dela). É outro casamento, mas não vale nada diante de Deus. Essa nova união é considerada adultério porque obviamente o verdadeiro casamento continua em vigor. A reação desesperada dos discípulos e a réplica do Senhor Jesus Cristo, são uma das mais fortes evidências que o Senhor foi muito bem entendido quando negou totalmente a possibilidade de divórcio e novo casamento.

Vejamos:

Os discípulos ficaram desesperados e se surpreenderam com esse altíssimo padrão de casamento. Em suas mentes, o divórcio e novo casamento eram sempre uma opção. A única dúvida que eles tinham era se podia ser por qualquer motivo ou apenas em caso de adultério.

Quando O Senhor Jesus fechou essas duas portas, eles ficaram pasmos. Para expressar a frustração, eles partiram para a apelação: de acordo com eles, seria melhor nem casar.

Talvez eles estivessem dizendo que Jesus era muito radical, inviabilizando o casamento com essa "descabida"(sem cabimento, sem justificativa) e altíssima exigência.

O Senhor Jesus, então, ao invés de fazer concessão, permaneceu na verdade e não como fazem esses teólogos irresponsáveis que aconselham pessoas a se divorciar e “casam” divorciados, não cedeu um milímetro e afirmou que nem todos tem a competência espiritual para entender o assunto, mas apenas aqueles a quem foi concedido, ou seja, o problema não está no casamento e suas divinas implicações, mas no pecado de rebelião do homem que sempre corrompe o plano de Deus.

Note que os discípulos distorceram o que Deus disse.

Em Gn. 2:18, Deus disse "Não é bom que o homem esteja só...". Aqui os discípulos dizem que não convém casar. Creio que eles estavam usados pelo Diabo, exatamente como Pedro em Mat. 16:23, para distorcer a Palavra de Deus e desmoralizar o ensino do Senhor Jesus.

O Senhor, como Autor do casamento, rejeita categoricamente a arrogância humana e reafirma a santidade da instituição divina. Note aqui outra coisa reveladora.

Essa mulher, abandonada pelo marido que se envolveu em outro casamento (adúltero), é teoricamente a "parte inocente" como muitos querem. Todavia, O Senhor Jesus nos diz que ela não tem o direito de casar novamente. Se ela assim o fizer será adúltera também, porque esse outro homem que se casa com ela comete adultério. Ninguém comete adultério sozinho: "...e o que casar com a repudiada, também comete adultério."

3. Mar. 10:11-12

"E ele lhes disse: Todo aquele que repudiar a sua mulher e se casa com outra, adultera contra ela. E, se uma mulher repudiar o marido dela, e se casa com outro, ela comete adultério."

Explicação:

Notemos aqui a total ausência da exceção.

Por quê?

Porque o evangelho de Lucas foi escrito a Teófilo (Lucas 1:3), um Grego. A proibição absoluta do divórcio e novo casamento é cristalina. Note que o verbo "casa" está no aoristo.

Ocorre uma ação no tempo (casa) que provoca, ou causa uma outra ação "comete adultério", que está no presente do indicativo. Uma ação no tempo (casamento com outra pessoa) provoca uma situação contínua no presente (comete adultério).

Enquanto essa união permanecer, a condição de adultério permanece. No Grego, o presente do indicativo significa uma ação continuada ou o estado de uma ação incompleta (Greek New Testament, William Davis, p. 25). O presente do indicativo, portanto, é uma ação ocorrendo no presente, podendo ser tanto contínua (por exemplo: "eu estou estudando") ou indefinida ("eu estudo").

A proibição do divórcio e novo casamento é mais do que óbvia em todos esses sete versos sendo examinados. Continuemos a ver os quatro versos restantes abaixo:

4. Luc. 16:18

"Todo aquele que repudia sua esposa, e casa com outra, comete adultério; e todo aquele que casa com ela que é repudiada pelo marido, comete adultério."

Explicação:

Novamente o verbo "comete adultério" está na voz ativa e no presente do indicativo.

5. Rom. 7:2-3

Porque a mulher que tem marido, está ligada pela lei ao marido dela enquanto ele estiver vivendo; mas se o marido morrer, ela está livre da lei do marido dela.

De sorte que, enquanto estiver vivendo o marido dela, se ela se casar com outro homem, ela será chamada de adúltera; mas, se morto o marido dela, ela livre está daquela lei; de modo que ela não é adúltera, ainda que ela se case com outro homem.


Explicação:

Note aqui muitas coisa interessantes:

5.1. Essa mulher casa novamente com outro homem, estando o seu marido ainda vivo;

5.2. Essa mulher que casa novamente (não interessa o motivo nem a "legitimidade" atribuída pelos homens) com outro homem, não se livrou do fato que o seu legítimo marido (o primeiro) ainda é chamado de m a r i d o.

Não existe isso de ex-marido na Bíblia. Isso foi inventado por pecadores para racionalizar o pecado de adultério.Somente esse argumento de que o legítimo marido ainda é chamado de m a r i d o, apesar da mulher estar divorciada e casada com outro, derruba por terra toda a tentativa inútil de dizer que a nova união é reconhecida por Deus.

A nova união não é reconhecida por Deus, sendo a essa mulher aplicado o título de adúltera! Ela tem dois maridos! Veja o verso! Se o divórcio é válido e anula o casamento, então esse versículo estaria totalmente errado na sua afirmação, pois ele contradiz claramente a tese do divórcio e novo casamento, gerando um total descrédito na Palavra de Deus e lançando ainerrância na lata do lixo!

5.3. Ela será chamada (Grego chrematizo = considere-se avisada por Deus) de adúltera. Isso significa que ela está num estado de adultério, não apenas num ato de adultério isolado como querem alguns.

Ela será chamada de adúltera! Esse é o título dela. Note que a situação de adúltera é válida enquanto o marido verdadeiro estiver vivo. Isso é uma tragédia muito triste, mas é o retrato que a Palavra de Deus apresenta acerca desse pecado!

5.4. Note que a condição é "enquanto ele estiver vivendo" e não "enquanto ele for fiel" ou "até quando eles se divorciarem" como querem os defensores do divórcio por causa de infidelidade.


· Infidelidade não quebra a união do casamento.

· Abandono não quebra a união do casamento.

· Divórcio não quebra a união do casamento.


Infidelidade, abandono e divórcio trazem maldição e profanação para o casamento, mas não quebra a união do casamento.

Os dois cônjuges continuam uma só carne até que a morte os separem.

É impressionante a fala dobre de pessoas inconstantes (Pv. 17:20; Tg. 1:8) o que tem a língua dobre vem a cair no mal.. Muita gente fala uma coisa, mas no fundo de suas mentes pensam de outra maneira.

Na hora de aplicar, não agem de acordo com o que falam nos votos de casamento. O nome disso é hipocrisia. Não há uma só linha no Novo Testamento que dê base para quebra do pacto do casamento que não seja a morte. A única condição para o novo casamento é somente "se o marido morrer" e ponto final. É óbvio e cristalino...

Uma pergunta sempre surge:

Qual o conselho que se deve dar para pessoas que se divorciaram e recasaram?

Isso é um problema que cada um tem que resolver por si. Não creio que nenhum irmão deva se meter para resolver essa questão, pois as pessoas que se meteram nessa confusão de novo casamento é que são responsáveis por seus atos e devem elas mesmas resolver o problema.

Os princípios Bíblicos são esses aqui expostos, mas as pessoas é que devem elas próprias decidir.

Isso parece duro, mas o fato é que depois que as pessoas estragaram as suas vidas, existe essa vontade de criar a válvula de escape que os outros que devem resolver e decidir por elas.

Existe uma tendência de jogar o abacaxi nas costas dos irmãos. E depois se os problemas aumentam, e eles irão aumentar..., os irmãos que falaram a palavra é que vão ser considerados os culpados. Nada disso! Quem se meteu na confusão é que são os culpados, eles é quem tem que resolver !!!.

Cair numa armadilha de aconselhar divorciados é uma fogueira que todos irmãos devem evitar. As pessoas divorciadas e recasadas deve ser ministrada a Palavra de Deus, serem recebidas, pois O Senhor as recebeu, entretanto devem ser orientadas que para entrar na corrida, para servir no ministério da igreja local as condições são outras.

É duro, mas é Bíblico (1Co. 5:9-13; 6:10; Gal. 5:19-21...) Sendo assim os irmãos que tem encargo pela obra de Deus em suas cidades devem ter pesada carga de ensino sobre a família e concentrar o ministério em aconselhamento preventivo tanto para jovens como para casais (perigo: Evitar a aparência do mal não fazendo aconselhamento misto sozinho: homem aconselha homem, mulher aconselha mulher...ou sempre ter testemunhas).

6. 1Co. 7:11

Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher.

Explicação:

Caso haja separação entre marido e mulher, e essa é uma possibilidade e até uma necessidade em casos específicos, há somente duas opções:

6.1 Fique sem casar; ou

6.2 Se reconcilie.

PONTO FINAL. Nada de divórcio ou novo casamento. Note que para ela e o marido (note que há o artigo definido "o" também presente no texto Grego: "o marido" denota ser aquele o verdadeiro e único) se reconciliarem, é óbvio que ao marido também é terminantemente proibido recasar. Pessoas irresponsáveis, quando se divorciam, mal esperam secar a tinta do papel do divórcio humano, que nada vale para Deus, e já se aventuram em outro relacionamento (adúltero) fechando definitivamente, muitas vezes, a porta para a reconciliação.

Isso impede a única solução Bíblica de restauração em caso de arrependimento. Notemos que no verso 15, a expressão "nos chamou para a paz" não tem nada a ver com recasamento, que obviamente seria uma contradição com o verso 11, mas fala do crente estar livre de qualquer culpa sobre as obrigações conjugais, caso o descrente o abandone.

7. 1Co. 7:39

"A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor."


Explicação:

Note aqui que o advérbio de tempo "enquanto" ou a expressão sinônima usada "todo o tempo (Grego: chronos) que o seu marido vive". Aqui vemos que o assunto da ligação da mulher com o seu marido está submetido e transportado para uma única dimensão que é a do tempo, ou seja, não há nenhuma outra escapatória, nenhuma outra circunstância que anule esse casamento, durante o tempo em que o seu marido esteja vivo.

Novamente, absolutamente nada sobre divórcio e recasamento, exatamente como em Mar. 10:10-11, Luc. 16:18, Rom. 7:3 e 1 Cor. 7:11!

O divórcio com novo casamento, aliás, está diretamente chamando de MENTIRA o que esse verso diz, pois diz que a mulher fica livre para casar com quem quiserdurante "o tempo" que o marido vive (note novamente que há o artigo definido "o" no texto Grego, indicando que aquele é o único verdadeiro marido). A Bíblia declara que o casamento é indissolúvel até a morte de um dos cônjuges.

Conclusão:

O divórcio e o recasamento de qualquer mulher com outro homem enquanto seu marido esteja vivo, ou o casamento de qualquer homem com outra mulher enquanto sua esposa esteja viva, é ao mesmo tempo, uma blasfêmia contra Deus e uma situação de adultério continuado cometido por ambas as pessoas da nova união:

1. Porque quem recasa está declarando para todo o mundo que MENTIU ao fazer os votos dizendo "até que a morte nos separe".

2. Porque quem se divorcia e recasa está totalmente desmoralizado para com a próxima geração, destruindo a esperança de exemplo de santidade para com aqueles que nos seguem, em meio a uma sociedade corrompida e perversa.

3. Porque quem recasa destruiu, irremediavelmente, a figura indissolúvel do relacionamento entre Cristo e a igreja, comparados com o marido e com a esposa respectivamente (Ef. 5:24-25).

4. Porque a outra parte, mesmo que seja solteira (total insanidade e desperdício da própria vida de quem assim o faz), também comete adultério.

Nesse caso, essa pessoa solteira que se casa com um divorciado, fica sujeita à uma situação de estrago terrível. Se continuar no relacionamento está em adultério. A pessoa solteira que casa com um divorciado (a) se submete à dívida do casamento, mas não está sob as bênçãos dele


5. Porque ao presbítero(ancião) está terminantemente proibido ser divorciado (1Tim. 3:1-2). Ele é um exemplo para ser seguido por todos os membros da igreja (1Tim. 4:12, Tit. 2:7).

6. Porque quem recasa está desonrando a figura Bíblica da relação entre a lei e a morte (Romanos capítulo 7). A lei exige a morte. A única coisa que quebra a maldição da lei sobre o pecador é a morte. O crente morreu com Cristo (Rom. 7:4), por isso é que estamos livres da lei.

Da mesma maneira, a lei do casamento exige a morte para ser cancelada. O divorciado que recasa, está blasfemando contra a Palavra de Deus, dizendo que o divórcio, não a morte, anula a lei.

Isso destrói totalmente a figura que Deus estabeleceu na Sua Palavra para que entendamos o significado da morte de Cristo.

Isso é um assunto muito sério! Isso de insistir no atalho do divórcio, é apenas uma maneira sutil de chamar Deus de mentiroso.

Não existe atalho algum para anular a relação entre a lei e o pecador. Só a morte quebra essa relação! Só a morte quebra a relação entre o marido e a mulher! Recasamento seguido de divórcio é adultério continuado!!!



VINTE (20 ) Argumentos ERRADOS usados para tentar justificar divórcio e novo casamento



1. A parte inocente tem direito de se divorciar e recasar.

Resposta: Errado!

Primeiro: Não há parte "inocente" num divórcio. Há pecados de comissão e omissão. Há recusa em prover: o amor conjugal, o carinho, o cuidado, o afeto genuíno e muitas outras omissões que os olhos não vêm.

Mesmo que não haja algo como citado, quando um casamento fracassa os dois falharam. Eles casaram por comum acordo.

Segundo: ninguém tem "direito". Casamento é um privilégio, não um direito. Certas pessoas não recebem esse dom por vários motivos. Muitas casam tarde e outras pessoas ficam viúvas sem nunca mais casarem novamente, embora essa seja a única permissão na Bíblia para recasamento.

2. Certos casamentos não foram "feitos no Céu". Nesses casos o divórcio é válido.

Resposta: Errado! Nenhum casamento é feito no céu. Todos são feitos na Terra. Deus sela essa união, quer seja dentro da Sua perfeita vontade ou não, quer seja feito entre crentes ou descrentes ou mistos (isso é pecado ver 2Co. 6:14).

Todos aqueles que argumentam isso, nunca foram ao céu para ver se certo casamento foi feito no céu. Na verdade essa é uma desculpa que todos os que querem recasar irão usar como tolo escape, já que ninguém poderá contestar a validade desse argumento.

E ainda dizem que não foi no Senhor, mas Deus sela esta união mesmo não sendo dentro da sua perfeita vontade.

3. Todo casamento pode ser cancelado em caso de adultério.

Resposta: Errado! Não há uma só linha no Novo Testamento que prove essa afirmação. A Bíblia deve ser interpretada sob o ensino dispensacionalista.

O Velho Testamento está em outra dispensação. Não há ensino trans-dispensacionalista (algo que esteja valendo para mais de uma dispensação como a pena de morte, por exemplo) sobre esse assunto. No Velho Testamento, o ensino era outro, como Jesus mesmo disse: "...eu PORÉM vos digo..." Nesse ensino, Jesus fechou totalmente a porta para divórcio e novo casamento, chamando-o de adultério.

4. Certos casamentos tem que ser desfeitos por causa de abandono.

Resposta: Errado! Se houver abandono, "fique sem casar" (1Co. 7:11). Isso é porque o casamento não é desfeito. Em 1 Co. 6:1-6, há uma terminante proibição em ir aos tribunais, e por consequência, de se divorciar. Isso é um pecado. É melhor sofrer o dano do que desonrar a Jesus Cristo, é o que Paulo diz. Em caso de abandono: fique sem casar, ou se reconcilie (caso haja condições com doloroso arrependimento, humilhação, perdão e restauração).

5. Em Mat. 5:32 temos a permissão para divórcio.

Resposta: Errado! A exceção não refere-se a adultério como O Senhor Jesus poderia mencionar claramente, se assim o desejasse.

Note que a palavra usada por Jesus é outra. É fornicação. Isso se refere ao pecado de infidelidade durante o contrato de casamento, mas antes do casamento se consumar.

Em 5 das 7 passagens do Novo Testamento que tratam do assunto, não há exceção alguma. Em Mar. 10:6-11 não há exceção alguma. "Todo aquele" significa qualquer um, sem exceção alguma. Em Lucas 16:18, não temos "se", "mas", ou "e". Se qualquer homem casa com uma divorciada, comete adultério.

Em Rom. 7:2-3, temos o ensino claro e abrangente sem exceção alguma. Somente a morte quebra a ligação. Em 1Cor. 7:10-11, não temos nada de divórcio. Caso aconteça uma separação, restam apenas 2 opções: permaneça solteiro pelo resto da vida (ou até que a outra pessoa morra) ou que se reconcilie. Em 1Co. 7:39, só a morte quebra a ligação conjugal.

6. As escolas de Shammai (dovórcio só em caso de adultério) e Hillel (por qualquer motivo) devem ser consideradas.

Resposta: Errado! Isso não interessa:

1- Porque é tradição humana;
2- Porque mesmo que não fosse, pertence a outra dispensação;
3- Porque refere-se aos judeus e;
4- Porque O Senhor Jesus rejeitou ambas.

7. "Depois que uma mulher casa com um segundo homem não poderá voltar ao primeiro nunca, (Dt. 24.1-4)."

Resposta: Errado! Isso se refere à outra dispensação, a da lei. No Novo Testamento, essa reconciliação é ensinada em 1Co. 7:11. Isso, aliás, é a única maneira lícita dessa mulher poder viver maritalmente enquanto seu legítimo marido esteja vivo: é viver com ele.

Lebremo-nos novamente para fixarmos: "enquanto estiver vivendo o marido dela, se ela estiver casada com outro homem, será chamada adúltera..." (Rom. 7:3)

8. "O expediente de exigir de uma mulher recém-convertida, que já passou por duas (ou mais) uniões, que volte ao primeiro marido é tristemente antibíblico - só faz desgraça."

Resposta: Errado! Desgraça é viver em adultério continuado. O marido dessa mulher é o primeiro. Note novamente Romanos 7:3: "enquanto estiver vivendo o marido dela..." Note que nas duas vezes que esse homem é citado há um artigo antes. Ou seja, ele é O marido.

Essa mulher recém convertida do exemplo, que vive com outro homem que não o seu primeiro (o) marido (o único que é o verdadeiro marido), está cometendo (presente do indicativo) adultério.

Ninguém vai "exigir" nada de ninguém. A Bíblia deve ser pregada e as pessoas é que são responsáveis diante de Deus e pelas consequências de seus atos.

Ela tem duas opções: Ou se reconcilia com o verdadeiro marido, ou fica como solteira (1Co. 7:11). O que não pode, é pessoas em situação de adultério, não serem orientadas sobre o que a palavra de Deus ensina. O que não pode é irmãos em adultério participarem do serviço aos santos da mesma forma e em pé de igualdade com famílias Biblicamente constituídas, que lutam com unhas e dentes para preservar a santidade do casamento para colherem as bênçãos para si, para a igreja e para a próxima geração. Isso sim é que seria um rebaixamento, desastre e desgraça para a instituição da família, e Deus sabiamente deixou isso bem claro na Bíblia.

Outra falácia (falatório vão) do enunciado é o uso da situação aplicada à "recém convertida". Desgraça seria para esse primeiro marido dessa mulher que poderia (hipoteticamente) estar esperando a reconciliação, mas vê a sua mulher vivendo com outro, e ainda assim participar do ministério de uma igreja local que diz crer na Bíblia.

A falácia está em trazer a emoção para dentro do debate e apelar para se ter compaixão (ninguém ousaria negar esse sentimento) da pessoa nova convertida para reforçar o argumento do recasamento.

Pecado, entretanto, é sempre pecado, não importa se ele é cometido há 30 anos ou se o é por uma "recém convertida".

Jesus, a compaixão em pessoa, confrontou claramente o adultério da mulher Samaritana em Jo. 4:18.

Se o divórcio e novo casamento fossem válidos, por que O Amoroso Salvador mencionou o fato da pobre pecadora ter tido cinco maridos?

Simples! Porque ela cometeu vários adultérios. Ela se casou com cinco deles. Note que um dos homens não era marido, ou seja, o homem com o qual ela estava convivendo não era fruto de casamento, mas é claro que todos os relacionamentos (exceto o primeiro - é evidente que ele era o marido) foram censurados pelo Mestre.

Se o recasamento fosse endossado pelo Senhor, ele teria apenas dito à mulher que se casasse com o seu amante e tudo estaria resolvido... Todavia, Jesus não fez isso, mas a repreendeu pelo fato dela ter cometido vários adultérios, trazendo à tona o passado imoral dela.

Na sempre mutante e corrupta lei dos homens, existe a inconstância das "emoções" ou a "prescrição" porque algo aconteceu, ou tem acontecido há muito tempo, mas não nos princípios imutáveis da lei de Deus.

9. A exceção deve ser considerada como adultério em Mateus 5:32 e 19:9.

Resposta: Errado! A palavra da exceção é fornicação (usada 1 vez em cada verso) e não adultério (usada 2 vezes em cada verso). O contexto imediato desses dois versos deve ser respeitado como um fator guia e levado em consideração para ser interpretada corretamente uma certa palavra e para que o sentido no verso seja entendido.

Em Mateus 5:32 e 19:9, dois termos diferentes são usados e justapostos, de forma que não se pode negligenciar nem negar. A palavra fornicação (porneia) é diferenciada do verbo adultera (moicheo).

Palavras diferentes significam coisas diferentes!

A exceção se aplica ao contrato de casamento que era uma situação peculiar dos Judeus que é o destinatário imediato desse evangelho. Por isso é que só o evangelho de Mateus (escrito para os Judeus) é que traz essa explicação extra.

Será que Deus iria se "esquecer" dessa vital exceção nos outros 5 versos em que o assunto é tratado? Absolutamente não! Se Ele não colocou a exceção em caso de adultério, é porque ela não existe! O ensino é cristalino nos outros versos onde a proibição absoluta de recasamento enquanto o cônjuge original esteja vivo é claramente ensinada.

Não há divórcio e novo casamento permitido em nenhuma parte do Novo Testamento. Não há recasamento permitido enquanto o cônjuge original esteja vivo. Essa relação é chamada de adultério.

10. Um casal que já era divorciado e casado novamente, ao se converter e confessar seu pecado, pode ficar unido e ser aceito como membros, pois tudo para trás está perdoado e "tudo se fez novo..." 2Co. 5:17.

Resposta: Errado! A lei conjugal não muda em nada quando uma pessoa se converte. Se essas duas pessoas se converteram, elas têm a obrigação de parar de cometer adultério continuado.

A doutrina do arrependimento (Grego: metanoeo) diz que acontece uma mudança de mente, atitude e de comportamento quando uma pessoa é verdadeiramente salva.

A expressão "tudo se fez novo" não tem nada a ver e não pode ser distorcida de maneira alguma para justificar situações pecaminosas após a conversão, muito pelo contrário!

"Tudo se fez novo" nos ensina que a pessoa foi regenerada (nova criatura) e que houve uma mudança radical nos valores, crenças e atitudes.

Suponhamos que um ladrão tenha em seu poder uma conta milionária fruto do seu furto. Ao dizer que se converteu, ele se recusa a devolver o dinheiro apelando para o "tudo se fez novo" do verso acima, vivendo esplendidamente.

Isso seria uma afronta e não provaria conversão alguma. Esse é exatamente o mesmo caso do casal que se converte estando a viver em adultério sem querer adotar a solução Bíblica de reconciliar com o verdadeiro cônjuge - caso possível - ou ficar solteiro (a) - sempre possível.

Justamente porque uma pessoa foi perdoada, ela não tem o direito de continuar no pecado. (Romanos 6:1-2 aborda essa exata situação: "Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum..." O perdão lava os pecados passados, mas não dá licença para pecar no futuro (1 Jo. 3). Portanto, um casamento adúltero tem que ser terminado.

Pecado continua pecado independente se foi antes ou depois da conversão.

Outra prova que o casamento não se dissolve com o divórcio: Note que Mateus, Marcos e Lucas referem-se a Herodias como a mulher de Filipe mesmo quando ela estava casada com Herodes. Note que Filipe ainda estava vivo, pois, segundo historiadores Judeus, Filipe morreu 4 anos após a prisão de João Batista. Vejamos as referências:

"...Mulher de seu irmão Filipe..." (Mat. 14:3)

"...mulher de Filipe, seu irmão, porquanto tinha casado com ela." (Mar. 6:17)

"...Herodias, mulher de seu irmão Filipe..." (Luc. 3:19).

A condenação por João Batista era por causa de dois fatores:

1. Isso era adultério, pois ela era mulher de Filipe; e
2. Isso era incesto, pois era um relacionamento próximo, proibido terminantemente em Lev. 18:16.

11. A expressão "nos chamou para a paz" 1Co. 7:15 dá permissão para o recasamento.

Resposta: Errado! Nada se fala nesse verso sobre recasamento. A paz ali mencionada refere-se ao estado de não se estar mais sob as obrigações conjugais (Nota: obrigação conjugal é diferente de união conjugal - a união permanece até a morte). Nesse caso, após pedir perdão a Deus e aos homens, não se deve sentir culpa, pois houve tentativa de reconciliação sem sucesso, restando então, a única outra alternativa que é "fique sem casar" (permanecer como solteiro) até a morte do cônjuge (1Co. 7:11, 39).

12. Em 1 Co. 7:27-28, para os que estão livres, ou seja, divorciados, há a permissão de se casar novamente: "se te casares, não peca..."

Resposta: Errado! Nada se fala nesse verso sobre recasamento de divorciados. É mais do que óbvio que a expressão "livre", aplicada ao casamento, se refere aos viúvos! Veja em Rom. 7:2-3 em em 1Co. 7:39 como a palavra "livre" é usada apenas quando morre o marido. Notemos novamente em 1Co. 7:8-9, que somente os viúvos (as) e os solteiros (as) é que são as únicas pessoas qualificadas para se casarem.

13. A pessoa que casou novamente não pode mais se reconciliar com o primeiro cônjuge, pois vai ter que se divorciar do segundo cônjuge o que contraria 1 Co. 6:1-8.

Resposta: Errado! Esse segundo casamento nada vale diante de Deus, pois é considerado adultério. Se os homens o consideram erradamente de casamento, e um "divórcio" de acordo com as leis humanas é necessário para cancelá-lo, isso não viola 1 Co. 6:1-8, pois uma situação pecaminosa (que nunca deveria ter ocorrido em primeiro lugar) está sendo corrigida e não criada.

Nos países onde a abominação do "casamento" desodomitas (homossexualismo) é feito, quando há a conversão de qualquer um dos dois, o "divórcio" tem que ser feito imediatamente. Isso é o resultado da iniquidade de homens pecadores que usurpam sua posição de autoridade para blasfemar de Deus e da família.

14. O verso "Cada um fique na vocação que foi chamado", permite que o divorciado e casado novamente fique com o seu novo cônjuge quando se converte.

Resposta: Errado! Pela sadia Hermenêutica (interpretação da Bíblia pela própria Bíblia) sabemos queum verso não claro tem que ser olhado e iluminado pelos outros claros que lidam e ensinam sobre o mesmo assunto, sejam em passagens remotas ou próximas. Isso chama-se Princípio do Contexto. Outro princípio diz que a unidade, verdade e fidelidade de Deus, garantem que uma passagem na Sua Palavra não pode contradizer outras passagens. Isso chama-se Princípio da Concordância.

Quando se interpreta uma parte das Escrituras de uma maneira que contradiz alguma outra parte das Escrituras sobre o mesmo assunto, sabemos que essa interpretação é errada.

Quando uma correta interpretação é feita em qualquer assunto, ela não irá contradizer toda interpretação que possivelmente seja feita em alguma outra parte das Escrituras sobre o mesmo assunto.


Portanto, vocação (1Co. 7:20) ou estado (1Co. 7:24) não pode de maneira alguma se referir à situação de divórcio e recasamento, pois entraria em contradição com:

1- O verso anterior, 7:11, que só menciona as duas opções para os casados que se separaram: reconciliação ou fique sem casar;

2- O verso 7:39 que diz claramente que a mulher só fica livre "se falecer o seu marido" (singular e ainda acompanhado do artigo "o". No Grego: "ho anér").

3- Os dois versos em Romanos 7:2-3 que confirmam claramente o rompimento do casamento somente em caso de morte.

4- Os outros versos em que negam totalmente essa possibilidade.

5- O princípio Bíblico da restituição, no qual ao se arrepender, um pecador, deve devolver aquilo (nesse caso a mulher do próximo - Ex. 20:17 - ou outra que não a esposa) que não lhe pertence (Ex. 22:3-12; Lc. 19:8; Filem. 1:18), e ficar disponível para o legítimo cônjuge a quem pertence.

"Vocação em que foi chamado" se refere claramente ao caso do casal no qual um dos cônjuge se converteu e o outro não. Essa foi a pergunta dos Coríntios. Paulo está dizendo que a conversão de apenas um cônjuge não é motivo para se separar, porque a lei conjugal não muda em nada, quer seja antes, quer após a conversão. Se a parte descrente consente em preservar o casamento, não se deve separar (vs. 12 e 13). Se a parte descrente se rebelar contra o casamento, que fique sem casar (v. 11). Nada sobre permissão de casar novamente. Isso só pode acontecer com viúvos que são os que ficaram "livres de mulher" (v. 27).

Ficar com o novo cônjuge, ao mesmo tempo que o legítimo cônjuge ainda esteja vivo, seria adultério continuado. Certas pessoas nem pensam nas implicações gravíssimas de suas tolas argumentações:

1. Uma prostituta poderia interpretar da mesma maneira, ela alegaria que poderia viver na "vocação que foi chamada".

2. Um sodomita poderia interpretar da mesma maneira, ele alegaria que poderia viver na "vocação que foi chamado".

3. Um fornicário, que tem relações continuadas com uma mulher sem ser casado, poderia interpretar da mesma maneira, ele alegaria que poderia viver na "vocação que foi chamado".

É claro que sabemos que nenhuma dessas pessoas iníquas mencionadas, poderá herdar o reino de Deus (1 Co. 6:10), ou seja, não estas aptas para o Reino dos Céus, independente do que aleguem sobre ter se convertido. Essa racionalização é exatamente o que o apóstolo Judas falou em Judas 1:4 sobre heréticos que "...covertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus..."

15. O verso em 1 Tim. 3:2: "marido de uma mulher" aplicado ao bispo e diáconos (1Tim. 3:12), sugere que membros da igreja podem ter um padrão inferior e ser divorciados e recasados.

Resposta: Errado! Porque:

1. Isso seria aceitar e ser conivente com adultério na igreja;

2. Isso negaria que o bispo seria um exemplo dos fiéis;

3. Deixa a porta aberta para a poligamia;

4. Isso não é baseado nem no ensino claro e objetivo das Escrituras, nem na exegese sadia, mas na areia movediça de sugestões, inferências e conjecturas, que contradizem frontalmente o resto dos versos sobre o assunto; e

5. Isso poderia ser usado como desculpa para membros adotarem padrões inferiores quanto a serem dados ao vinho, ou avarentos ou todas as demais qualificações do bispo. Todas elas devem ser as qualificações de todos os membros da igreja também!

16. O voto mais recente (o voto do novo casamento) tem que ser mantido.

Resposta: Errado! O voto mais antigo é que tem que ser mantido! Esse voto do novo casamento viola totalmente a Palavra de Deus e é, de acordo com o Senhor Jesus Cristo, chamado de adultério, pois o primeiro casamento (e seu respectivo voto) continua em vigor! Não se pode fazer um novo voto, contrariando (Rom. 1:31 diz sobre os réprobos: "infiéis nos contratos") o primeiro voto!

Essa racionalização humana, levada ao óbvio extremo dosirresponsáveis, deixa a porta aberta para libertinos (e como eles são muitos...) casarem tantas vezes quanto queiram, zombando da instituição do casamento, pois alegam: "o voto mais recente tem que ser mantido..."

A Palavra de Deus está acima da palavra do homem, que se torna mentiroso (Rm. 3:4) quando não cumpre os seus votos (Prov. 20:25 Sal. 22:25; 50:14; 61:5-8; 66:13; 116:14, 18; Ecl. 5:4-5, Is. 19:21).

Conseqüentemente, esse voto tolo (ver um voto abominável em Jer. 44:25) do recasamento, é pecaminoso e uma afronta contra Deus. Ele não tem valor algum, e deve ser quebrado imediatamente para não se continuar em adultério.

17. "Isso tudo é uma bobagem: um divorciado deve ele mesmo orar para saber se Deus quer ou não que ele case novamente."

Resposta: Errado! Essa tolice e hipocrisia sem tamanho é uma pura mentira, que quer colocar a decisão final nasemoções e vontades humanas, ao invés de na Palavra de Deus.

Não se deve orar por aquilo que Deus já revelouclaramente em sua Palavra. Isso é uma desculpa para pecar, exatamente como Balaão fez.

18. "Devemos pedir um sinal a Deus para saber se Ele quer ou não que alguém case novamente após divórcio."

Resposta: Errado! Isso de pedir sinal é uma incredulidade e um desrespeito contra Deus e à Sua Palavra. Novamente: Não se deve orar por aquilo que Deus já revelou claramente em sua Palavra. Isso é uma desculpa para pecar exatamente como Balaão fez.

19. "Não se deve romper um segundo casamento para retornar para o cônjuge original (1 Co. 7:10-11)."

Resposta: Errado! Esse verso fala exatamente de reconciliação com o cônjuge original! Nada se fala de se endossar um segundo casamento: Isso seria adultério! É justamente essa situação imoral e adúltera que Paulo está terminantemente proibindo!

20. "O segundo casamento não deve ser desfeito porque os filhos dessa união fruto do divórcio e recasamento não merecem sofrer (1 Co. 7:10-11)."

Resposta: Errado! Em primeiro lugar, esse argumento é um tiro pela culatra porque se houver filhos do legítimo casamento (primeiro), eles é que não deveriam sofrer!

A questão todavia, não é quem merece ou não merece sofrer, pois quando há divórcio sempre há sofrimento.

A questão é o que a Bíblia ensina: Divórcio e novo casamento é adultério. Em segundo lugar, o relacionamento marido-mulher (eles são uma só carne até a morte) é sempre a prioridade.

Em terceiro lugar, nada justifica uma situação de adultério continuado nem mesmo o sofrimento de filhos dessa união. Deve-se destacar que a responsabilidade dos pais permanecem.

Para uma pessoa que professa ser nascida de novo e que vive numa situação de divórcio e novo casamento, leia e medite:

"Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade."

Mateus 7:22-23

A DEUS TODA GLÓRIA